Com duas novas medidas anunciadas em finais de Outubro, o Governo aproveita um dos mais graves problemas do distrito do Porto para a criação de mais oportunidades de negócio para os bancos e os fundos imobiliários
Numa primeira medida, através da alienação de património, o Governo procura transformar o Estado em agência imobiliária e coloca ao serviço da especulação pelo menos 6 imóveis públicos na Póvoa de Varzim, em Felgueiras, no Marco de Canaveses, em Matosinhos e no Porto. Património que, no entender do PCP, deveria ser afecto ao IHRU e, assim, integrar a oferta pública de habitação para arrendamento a custos controlados a centenas de famílias.
Na outra medida, o governo destina ao negócio privado um terreno com dezenas de hectares localizado no Viso, na cidade do Porto, através da criação de uma nova Parceria Público-Privada, juntando ao terreno os meios técnicos públicos e o acesso a financiamento em condições favoráveis.
Tal como o PCP tem vindo a denunciar, estas operações demonstram que estes recursos nunca faltam para alimentar a especulação e os lucros dos grandes grupos económicos, embora não sejam utilizados para apoiar a habitação pública ou privada sem fins lucrativos.
Estas PPP são apresentadas como parte do processo de promoção do “arrendamento acessível”, beneficiando por isso de isenção de impostos, sem qualquer garantia de que estas habitações não continuem a alimentar o processo especulativo. A título de exemplo, no âmbito de um programa municipal do Porto, foram arrendados no mais recente concurso de “arrendamento acessível”, na freguesia deste terreno, um T1 por 550€ e um T2 por 780€ - valores que de acessíveis nada têm para a maioria dos jovens, dos trabalhadores e da população do distrito do Porto.
Ler mais...
Uma delegação da DORP do PCP esteve esta tarde reunida com a administração da TMP – Transportes Metropolitanos do Porto para avaliar questões relacionadas com os transportes públicos e a melhoria da resposta às populações.
A reunião confirmou que a criação desta empresa não trouxe consigo a resolução dos muitos problemas relacionados com a operação da UNIR. Como o PCP teve oportunidade de reiterar nesta reunião, os aspectos de impreparação e incompetência que marcaram a acção da Área Metropolitana do Porto (AMP) no processo mantêm-se agora com a acção da TMP, continuando por cumprir horários e carreiras, continuando sem existir uma forma de fiscalizar e continuando também em falta informação dos horários aos utentes. O PCP considera que não há razões para que continuem estas falhas e reclama medidas urgentes para garantir o cumprimento de horários e carreiras e o respeito pelos utentes.
Ler mais...