O Mosteiro de Bustelo, em Penafiel, datado dos séculos XVII e XVIII, é um Imóvel de Interesse Público classificado pelo Decreto-Lei n.º 29/84, de 25 de junho.
Trata-se de um conjunto monacal composto por igreja e mosteiro, que era abastecido por um aqueduto em cantaria com cerca de 380 metros visíveis.
Devido à falta de conservação e de remoção de vegetação que nele se propaga, é visível a degradação de vários arcos e pilares, encontrando-se em derrocada pelo menos o troço final, junto da cerca do antigo convento.
Além de uma perda em termos de integridade daquele elemento patrimonial e cénico, os factos descritos geram também uma situação de insegurança para as populações que utilizam a igreja, o museu e outras instalações do referido conjunto monacal, e especialmente as crianças que frequentam a escola básica situada nas suas imediações.
O Sector Intelectual do Porto do PCP realizou ontem, domingo, dia 7 de abril, uma acção à porta de Serralves para a divulgação de abaixo-assinado pela gestão pública da fundação, integrada numa lógica de serviço público de cultura, que respeite e valorize trabalhadores, e o alargamento da gratuitidade da entrada em Serralves a todos os domingos e feriados (das 10h às 19h).
Centenas de visitantes, numa fila interminável que se estendia por três arruamentos (da R. Dom João de Castro à R. de Serralves), reconheceram a justeza dos motivos e da exigência do PCP que, assumindo o compromisso firmado durante a campanha eleitoral, lançou ontem um abaixo-assinado e recolheu mais de mil assinaturas no local.
Intervenção de Suzana Ralha, música e professora
Candidata independente nas listas da CDU
Como conceito, a ideia de cultura é muito diversa e muito insuficiente. Prefiro a ideia de culturas, no plural. Sozinha, cada cultura é sempre incompleta. Só faz sentido quando se cruza com as outras. Nesse sentido, a cultura não é só uma coisa que se tem. É algo que se vive e que se é, entre muitas maneiras de viver e de ser. A cultura neste sentido é a casa do sentido das pessoas que a habitam e que ela, cultura, habita e modela. São os modos de vida, os valores, as expressões artísticas que as pessoas, os povos, as comunidades encontram para simbolizar as suas existências.