Perante os gravosos conteúdos da entrevista ao Presidente da Câmara Municipal do Valongo, Fernando Melo, publicada no Jornal de Notícias no dia 20 de Fevereiro, a CDU – Coligação Democrática Unitária torna públicas as seguintes considerações:
Declarações de Fernando Melo devem envergonhar coligação municipal PSD/CDS e confirmam menosprezo pelos Valonguenses
1. Nesta entrevista, Fernando Melo confirmou aquilo que já todos sabiam – que, objectivamente, para efeitos da gestão do município, há muito que o ainda formalmente Presidente da Câmara de Valongo renunciou ao exercício efectivo do seu mandato. Ao afirmar “Já não gosto de ser Presidente de Câmara, estou cansado disto”, Fernando Melo evidencia que está a cumprir “um frete” ao seu partido e a contar os dias até ao final do mandato, não tendo vontade nem condições para o exercício das suas funções.
A CDU considera que estas declarações são demonstrativas da ausência de uma estratégia de desenvolvimento concelhio pela coligação PSD/CDS e da sua incapacidade em dar a volta à situação de falência a que os próprios, com apoio do PS em opções estratégicas, conduziram Valongo. De facto, a coligação PSD/CDS conduziu o concelho à bancarrota e é incapaz de traçar um verdadeiro caminho de recuperação.
As declarações de Fernando Melo são ainda uma grave demonstração de menosprezo pela população de Valongo. A CDU considera lamentável que Fernando Melo encare de forma tão negativa e leviana as importantes funções que exerce.
2. Fernando Melo ataca o Poder Local Democrático ao defender a extinção de freguesias em Valongo, numa clara demonstração de desprezo pelos interesses das populações, do trabalho dos autarcas de freguesia e pela democracia de proximidade e sem ter em conta as especificidades, a história, os equipamentos e os serviços de cada uma das cinco freguesias hoje existentes no concelho.
Num contexto em que o ataque em curso ao Poder Local Democrático exige a mobilização de todos os autarcas, independentemente do seu partido, e das populações, é lamentável que Fernando Melo, ainda antes de existir nova legislação aprovada sobre a organização territorial das freguesias, venha a público propor uma radical extinção de freguesias no concelho onde é formalmente autarca. É caso para dizer “Com amigos assim, quem precisa de inimigos?”.
A CDU repudia os objectivos e os critérios da proposta de lei do Governo sobre a organização administrativa territorial autárquica, assim como a intenção de transformar as Assembleias Municipais em “carrascos” das freguesias do seu concelho, atribuindo-lhe a obrigatoriedade de decisão de extinção de freguesias em função dos critérios estabelecidos pelo Governo. Nesse sentido, desde já, a CDU torna público que apresentará na próxima sessão da Assembleia Municipal de Valongo, marcada para dia 28 de Fevereiro, uma proposta de deliberação com o objectivo de recusar as propostas governamentais e de defender o Poder Local Democrático institucionalizado com a Revolução do 25 de Abril.
Valongo, 21 de Fevereiro de 2012
A CDU – Coligação Democrática Unitária / Valongo
Perante os gravosos conteúdos da entrevista ao Presidente da Câmara Municipal do Valongo, Fernando Melo, publicada no Jornal de Notícias no dia 20 de Fevereiro, a CDU – Coligação Democrática Unitária torna públicas as seguintes considerações:
Declarações de Fernando Melo devem envergonhar coligação municipal PSD/CDS e confirmam menosprezo pelos Valonguenses
1. Nesta entrevista, Fernando Melo confirmou aquilo que já todos sabiam – que, objectivamente, para efeitos da gestão do município, há muito que o ainda formalmente Presidente da Câmara de Valongo renunciou ao exercício efectivo do seu mandato. Ao afirmar “Já não gosto de ser Presidente de Câmara, estou cansado disto”, Fernando Melo evidencia que está a cumprir “um frete” ao seu partido e a contar os dias até ao final do mandato, não tendo vontade nem condições para o exercício das suas funções.
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A CDU/Gaia realizou no passado dia 18 de Fevereiro, no Auditório do Arquivo Municipal Sophia de Mello Breyner, o seu Encontro Autárquico, com o objectivo de analisar a situação política actual do concelho e fazer um balanço do trabalho desenvolvido pela CDU em Vila Nova de Gaia.
Com a presença de dezenas de militantes, activistas e amigos da CDU, foram trocadas ideias e opiniões sobre diferentes problemas do concelho, que são vistos com profunda preocupação.
Reforma Administrativa, mobilidade, ambiente, educação, cultura, desporto, movimento associativo, saúde, segurança, desigualdades sociais, serviços públicos, pobreza, desemprego - temas que foram abordados e analisados, com a responsabilização da Câmara Municipal nas políticas praticadas, que não vão de encontro aos interesses dos gaienses, preferindo ignorar as necessidades dos trabalhadores e do povo do concelho.
São mais de 100 os requerimentos colocados à Câmara Municipal pela CDU, desde o início deste último mandato, questionando sobre problemas das populações que são trazidos ao conhecimento dos eleitos da CDU. Neste número não estão contabilizadas moções, declarações de voto, declarações políticas, que são presença constante na Assembleia Municipal, assim como não estão contabilizadas as moções ou os Requerimentos colocados nas Assembleias de Freguesia, pelos vários eleitos da CDU. Este é, no entanto, um cenário que demonstra o empenho e o trabalho dos eleitos da CDU, que procuram conhecer a realidade da população do concelho, no contacto directo e ouvindo a sua voz.
Da conversa que teve lugar neste Encontro, resulta a necessidade de ser mantido este contacto permanente com as populações, podendo assim transmitir as suas inquietações, dificuldades e problemas, e simultaneamente esclarecer, informar e dar a conhecer as posições tomadas e defendidas pela CDU, numa estreita ligação entre a intervenção institucional e a intervenção de massas.
Resulta também deste Encontro a clara reflexão de que as opções políticas deste Executivo Camarário são manifestamente de classe, e opções pela classe dos ‘poderosos’. A construção de marinas, hotéis de luxo, teleféricos, a defesa das grandes superfícies, etc, revelam bem para que lado estão orientadas as prioridades da Câmara Municipal de Gaia. Do lado oposto está um desemprego superior a 18%, comércio tradicional a definhar, interior do concelho ignorado, rede de transportes públicos inexistente, falta de apoios sociais, culturais, desportivos, desaparecimento de serviços públicos, trabalhadores e populações cada vez mais empobrecidas. Este é o lado que PSD/CDS escolhem esquecer. Porque estes não são os seus interesses.
A CDU manterá o seu papel reivindicativo, no terreno, junto dos trabalhadores e das populações e no plano institucional, ao serviço do povo de Gaia, dando voz aos seus interesses e necessidades.
Sem outro assunto,
Vila Nova de Gaia, 20 de Fevereiro de 2012
a Comissão Concelhia de Vila Nova de Gaia do PCP
A CDU/Gaia realizou no passado dia 18 de Fevereiro, no Auditório do Arquivo Municipal Sophia de Mello Breyner, o seu Encontro Autárquico, com o objectivo de analisar a situação política actual do concelho e fazer um balanço do trabalho desenvolvido pela CDU em Vila Nova de Gaia.
Com a presença de dezenas de militantes, activistas e amigos da CDU, foram trocadas ideias e opiniões sobre diferentes problemas do concelho, que são vistos com profunda preocupação.
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Há exemplos de reduções brutais nas remunerações e agrava-se o clima de medo
A CDU promoveu uma audição com diversas estruturas representativas dos trabalhadores da
Câmara Municipal do Porto no sentido de abordar as principais preocupações e dificuldades
com que os trabalhadores municipais se confrontam no exercício das suas funções, que contou
com a participação de Domingos Oliveira, membro da Direcção da Organização da Cidade do
Porto do PCP, e de Pedro Carvalho, Vereador na Câmara do Porto.
Na reunião foi possível confirmar que os trabalhadores municipais, tal como todos os
trabalhadores, têm-se defrontado nos últimos anos com uma forte ofensiva aos seus direitos e
remunerações que, com o recente acordo de traição firmado pelo Governo, a UGT e as
Confederações Patronais, terá novos e gravosos desenvolvimentos, mas também com uma
política hostil da coligação municipal PSD/CDS.
Atentando à realidade concreta do Município do Porto, em relação à situação dos
trabalhadores municipais, a CDU destaca que:
As medidas legislativas penalizadoras dos direitos dos trabalhadores da Administração
Pública, que os últimos governos aprovaram, têm sido aplicadas na Câmara Municipal
do Porto de forma distorcida e agravada conduzindo a uma dupla penalização para os
trabalhadores municipais. A aplicação do Sistema de Avaliação de Desempenho da
Administração Pública (SIADAP), a gestão de assiduidade e da pontualidade são
demonstrações desta prática. Com efeito, há casos de trabalhadores que estão
indubitavelmente ao serviço mas que têm sido objecto de aplicação de faltas
injustificadas com perda de remuneração ou de subtração de dias de férias;
O corte do 13 mês e o anunciado corte no subsídio de férias, a par de outras medidas
gravosas decididas pelo governo PSD/CDS, é acompanhado na Câmara Municipal do
Porto por penalizações acrescidas, de que são exemplo o corte nas remunerações dos
trabalhadores municipais que foram transferidos para as empresas privadas da limpeza,
em consequência de lhes ter sido imposta a mudança de turno nocturno para diurno.
Foram relatadas situações de cantoneiros que viram a sua remuneração mensal ser
reduzida em 160€!;
Foram impostas alterações de horários com graves prejuízos para os trabalhadores em
matéria de responsabilidade familiar e social;
A Câmara Municipal do Porto tem contribuído de forma significativa para a exclusão
social, despedindo trabalhadores com vivências complexas, não obstante estes
demonstrarem vontade em superar as suas fragilidades;
Seguindo a lógica de “dividir para reinar” são descriminados trabalhadores na atribuição
de prémios e subsídios, cujos critérios nunca são divulgados, como sucede, por
exemplo, na Empresa Municipal Águas do Porto;
A continuação dos processos de privatização de serviços traz consequências muito
negativas para o Município, para a Cidade e para os próprios trabalhadores. A
privatização da Empresa Municipal Águas do Porto, empresa lucrativa e que presta um
serviço publico de primeira necessidade, não só vai prejudicar os munícipes, as
empresas e as forças vivas do Porto com aumentos das tarifas e pior serviço (como
aliás ditam os exemplos noutros concelhos do distrito do Porto), como inevitavelmente
prejudicará também os seus próprios trabalhadores. A redução dos postos de trabalho,
como de resto Rui Rio esclareceu em plena reunião da Assembleia Municipal no
passado mês de Novembro ao afirmar textualmente que é necessário “reduzir ainda
mais largas dezenas de funcionários que (a empresa Municipal “Águas do porto”) tem a
mais”, é o passo seguinte ao processo de privatização em curso;
A continuada recusa da Câmara em acatar as decisões dos tribunais para que proceda à
transferência das verbas necessárias para a Caixa de Reformas e Pensões dos ex-
SMAS constitui uma medida arbitrária reveladora da enorme insensibilidade social da
coligação PSD/CDS e da prática de uma política de dois pesos e duas medidas. Note-se
a contradição entre a célere aplicação de um parecer não-vinculativo para retirar o
subsidio nocturno aos cantoneiros em 2006 e a resistência actual em cumprir uma
decisão judicial;
O desrespeito pelos direitos dos trabalhadores é indissociável do desrespeito crescente
pelas suas organizações representativa e da falta de diálogo e de resposta aos
requerimentos apresentados, chegando mesmo a intrometer-se nos processos internos
de funcionamento das respectivas organizações, como aconteceu no processo eleitoral
da Comissão de Trabalhadores da Câmara Municipal do Porto.
A CDU, como aliás afirmou numa Assembleia Municipal Extraordinária convocada por sua
sucessivas vezes a denunciar publicamente a gestão intimidatória e persecutória que a
coligação PSD/CDS exerce sobre os trabalhadores municipais, prática que corresponde à
“outra face da moeda” da política de externalização e privatização de serviços municipais, que
os exemplos dos serviços de recolha do lixo, da limpeza da via pública, de águas e
saneamento e o estacionamento na via pública, comprovam.
Os trabalhadores municipais são o “capital” mais importante de que a Câmara dispõe para
concretizar a prestação de serviços públicos de qualidade. A Câmara Municipal do Porto
deveria pautar a sua política de pessoal pela valorização e dignificação dos seus
trabalhadores, porque é com estes profissionais que pode ter expectativas de poder tornar o
Porto uma cidade melhor para se viver, trabalhar e visitar.
Tendo em conta as graves críticas à gestão municipal da coligação PSD/CDS colocadas na
audição às estruturas representativas dos trabalhadores da Câmara do Porto, a CDU irá
introduzir estes assuntos nas próximas reuniões dos órgãos municipais.
A CDU, consciente que a luta combativa, organizada e consequente é o principal elemento que
pode travar as políticas de direita, apela ao desenvolvimento da luta pelos trabalhadores da
Câmara do Porto em defesa dos seus direitos e por melhores serviços públicos,
nomeadamente com uma expressiva participação na Greve Geral do próximo dia 22 de Março.
Porto, 17 de Fevereiro 2012
A CDU – Coligação Democrática Unitária / Cidade do Porto
Há exemplos de reduções brutais nas remunerações e agrava-se o clima de medo
A CDU promoveu uma audição com diversas estruturas representativas dos trabalhadores da Câmara Municipal do Porto no sentido de abordar as principais preocupações e dificuldades com que os trabalhadores municipais se confrontam no exercício das suas funções, que contou com a participação de Domingos Oliveira, membro da Direcção da Organização da Cidade do Porto do PCP, e de Pedro Carvalho, Vereador na Câmara do Porto.
Na reunião foi possível confirmar que os trabalhadores municipais, tal como todos os trabalhadores, têm-se defrontado nos últimos anos com uma forte ofensiva aos seus direitos e remunerações que, com o recente acordo de traição firmado pelo Governo, a UGT e as Confederações Patronais, terá novos e gravosos desenvolvimentos, mas também com uma política hostil da coligação municipal PSD/CDS.
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