Milhares de pessoas juntaram-se nas ruas no Porto exigindo o fim da agressão ao povo palestiniano e reclamando a paz no Médio Oriente e reclamando o urgente fim do massacre na Palestina. Mais de 9.000 palestinianos foram mortos nas últimas semanas, incluindo cerca de 3.000 crianças. Este é o resultado do não cumprimento das resoluções da ONU por parte de Israel, que alimenta uma ocupação opressiva e de apartheid que persiste há 75 anos. É necessária a crítica à hipocrisia e ao cinismo que envolvem este tema, na tentativa de simplificar o conflito como uma guerra entre Israel e o Hamas. Apelamos a um imediato cessar-fogo, ao cumprimento das resoluções da ONU, ao fim da brutalidade e desumanização que resultam em milhares de mortes, e à efectiva concretização de um Estado palestiniano livre e independente.
O acordo divulgado pelo Governo que concretiza a privatização da EFACEC é revelador do carácter desastroso da política económica que está em curso, onde se insere esta operação contra os interesses nacionais.
1. - Depois de terem sido investidos centenas de milhões de euros de recursos públicos para salvar a EFACEC dos impactos da guerrilha accionista em que estava mergulhada, o Governo vem anunciar que entregará a empresa ao fundo de investimento alemão Mutares, mais 200 milhões de euros que ainda serão investidos pelo Estado, a troco de nada.
O fundo de investimento alemão receberá assim, de mão beijada (o pouco que investe é em capital da empresa que compra), uma das principais empresas industriais portuguesas, capitalizada, com crédito e garantias, trabalhadores altamente qualificados, capacidade de investigação, líder em vários segmentos de mercado e com encomendas de centenas de milhões de euros em carteira.
Para o PCP a privatização da EFACEC é um crime contra os interesses nacionais.
2.- Como todas as privatizações, esta é também uma decisão opaca, feita nas costas dos trabalhadores da empresa e do povo português.
Uma decisão que foi preparada ao longo de meses, com o Governo a manter os administradores designados pelos accionistas privados e que contou com o envolvimento e patrocínio da Comissão Europeia e da DGComp, sempre empenhadas numa cada vez maior concentração de capital, designadamente o grande capital alemão.
Ao contrário do que diz o Governo, não é a privatização que garante o futuro da EFACEC e muito menos o seu papel na economia nacional. Se a EFACEC hoje existe é porque houve intervenção pública, é porque a empresa foi nacionalizada. Se dependesse dos accionistas privados e da banca teria sido destruída em 2020/2021.
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