Esta situação de sobrelotação não é nova, não surgiu de forma inesperada no ano lectivo de 2009/2010, antes é mesmo uma situação recorrente com que a Escola EB 2,3 de Valongo se confronta há vários anos e já foi alvo de tomadas de posição política nos próprios órgãos municipais. E tanto é assim inaceitável esta situação que chegou mesmo a ser realizado um projecto para a remodelação e ampliação desta Escola e a própria DREN tinha já assumido publicamente o compromisso público de que as respectivas obras se iniciariam até final do ano de 2009.
Depois de finalmente ter sido tornada pública a lista de 701 escolas a encerrar a pretexto de um alegado “reordenamento” da rede escolar, a DORP do PCP viu confirmada a justeza das suas preocupações.
Este processo tem sido conduzido pelo Governo de acordo com uma lógica estritamente economicista e em total desrespeito pelo futuro educativo de milhares de jovens e crianças.
Face à divulgação, pelo Ministério da Educação, do encerramento de 701 escolas do primeiro ciclo, das quais 384 na região norte, a DORP do PCP destaca que:
1.Esta decisão representa o encerramento de 25% do total das escolas públicas do primeiro ciclo do norte do país (segundo o site do ministério existem 1555 escolas públicas do 1º ciclo no Norte do país).
Os deputados do PCP – Honório Novo e Jorge Machado – acompanhados por outros elementos da Direcção Regional visitaram ontem, segunda-feira, quatro escolas do distrito que estão a ser intervencionadas pela empresa Parque Escolar.
Nas escolas visitadas – Escola Secundária João Gonçalves Zarco, Escola Secundária Filipa de Vilhena, Escola Secundária de Rio Tinto e Escola EB2+3 do Cerco – foi possível constatar os atrasos nas obras. Nenhuma das escolas da Fase 3 iniciou as obras, apesar de estar previsto que tal tivesse ocorrido no primeiro trimestre do ano.
Alvo de critica do PCP foi ainda a concessão de serviços da escola a empresas privadas. Um claro passo na privatização da Escola Pública que torna este serviço muito pior do que quando era a próprio escola a prestá-lo. Uma decisão que é imposta e à margem da própria autonomia das escolas.