A Comissão concelhia de Vila Nova de Gaia do PCP, reunida a 13 de Julho, analisou os traços principais da situação política e social, apontando as linhas de intervenção para os próximos tempos.
O momento actual é marcado pelo avolumar das dificuldades dos trabalhadores e do Povo, obrigados a serem os contribuintes máximos para o pagamento de uma dívida que não criaram e para manter o intocável sistema especulativo e financeiro longe de dificuldades.
Dos cerca de 78 mil milhões de euros resultantes do empréstimo resultante do pacto de agressão externa, 12 mil milhões destinam-se a aumentar o capital social da banca, ou seja dinheiro para a banca. 35 mil milhões destinam-se a garantir os empréstimos que a banca necessitará de realizar, são garantias bancárias que em caso de incumprimento, quem paga somos nós, ou seja dinheiro para a banca. 30 mil milhões são para pagamento de juros resultantes do empréstimo do FMI/FEEF, com a taxa de juro principesca de 5,5% ao longo de 7 anos, ou seja dinheiro para a banca. Este empréstimo é gerador em si mesmo de mais endividamento, sendo que 40% do total do empréstimo é para pagar os juros resultantes desse mesmo empréstimo.
A conclusão é simples: a miséria do Povo, as alterações à lei laboral, os cortes nos subsídios de férias e de Natal, os roubos nos salários, remunerações e pensões, o corte nas prestações sociais, o fecho de serviços públicos, o aumento de impostos, o aumento do custo de vida, o esmagamento do pequeno comércio e dos micro, pequenos e médios empresários, não são mais que esquemas de transferência de riqueza para a banca e a economia especulativa.
Dinheiro para a banca, para a acumulação capitalista, pago pela miséria e espezinhamento de todo um povo.
Os ataques à qualidade de vida das populações são materializados em todas as frentes, procurando transformar direitos e avanços civilizacionais em regalias. Conceito amplamente difundido pelos meios de comunicação social que o capital tem ao seu dispor, procurando formatar opiniões e apaziguar a revolta e a indignação das populações.
A Comissão Concelhia de Vila Nova de Gaia do PCP reafirma a ideia que todos os direitos e avanços foram conquistados pela luta organizada dos trabalhadores e do Povo. Todos esses direitos se defendem com a luta. Todos os direitos poderão ser reconquistados através da luta. A luta dos trabalhadores e do Povo é assim a arma e o meio que estes dispõem para se fazerem ouvir, para se defender e conquistar.
É urgente e necessário inverter o rumo de declínio do País, da Região e do Concelho, rejeitar o Pacto de Agressão, pôr fim aos privilégios da banca.
O País não está condenado. Existe uma política alternativa. Uma política que imponha uma efectiva renegociação da dívida, que aumente os salários e as pensões, que combata a precariedade e afirme os direitos dos trabalhadores. Uma política que defenda a produção nacional e apoie as MPME. Uma política que ponha fim às privatizações e recupere para o Estado os sectores básicos e estratégicos da economia e efectue uma real taxação do capital financeiro. Com uma política patriótica e de esquerda, que tenha como objectivos o desenvolvimento económico, a elevação das condições de vida, a defesa e promoção do interesse público e dos direitos dos cidadãos, a defesa e afirmação da soberania, é possível dar um passo decisivo no sentido de um Portugal mais desenvolvido, justo e soberano.
A Comissão Concelhia de Vila Nova de Gaia do PCP saúda assim a luta dos trabalhadores e a jornada de luta marcada para dia 19 de Julho pela União de Sindicatos do Porto CGTP-IN, com uma concentração na Rotunda da Boavista, pelas 14h30. Momento que pode e deve ser convergente de descontentamentos diversos, desde logo e destacando as alterações a favor do patronato do Código de Trabalho.
Saúda ainda os médicos pela jornada de luta realizada em defesa do Sistema Nacional de Saúde, com adesões históricas, que no Hospital Santos Silva em Vila Nova de Gaia rondou os 100%.
Saúda também a jornada de luta dos Professores, que no dia 12 de Julho encheram a Praça do Rossio numa clara demonstração de rejeição das políticas que estão a ser implementadas por este Governo, defendendo assim os seus direitos, e os interesses da Escola Pública e dos alunos. Estas políticas irão resultar no maior despedimento colectivo desde o 25 de Abril, atirando para o desemprego mais de vinte mil docentes e milhares de outros profissionais da educação. Simultaneamente trazem consigo uma degradação da qualidade de ensino. A Comissão Concelhia de Vila Nova de Gaia do PCP acompanha com preocupação o processo de criação de Mega-Agrupamentos escolares e a reorganização curricular (que a cada nova versão tem cortes maiores), bem como o aumento do desemprego de todos os profissionais da educação que daí resultará. Sabendo que quanto maior for o agrupamento de escolas mais difícil será a articulação entre os diferentes níveis de ensino e a elaboração de projectos educativos que tenham em conta as especificidades de cada comunidade e meio social onde os alunos estão inseridos, maiores serão as dificuldades de responder em tempo útil às questões e problemas que se apresentem no dia-a-dia do funcionamento das escolas, aumentando com isso as possibilidades de um crescimento do insucesso e abandono escolar, o PCP continuará a defender uma Escola pública, de qualidade e proximidade.
A Comissão Concelhia de Vila Nova de Gaia do PCP realizou dia 12 de Julho momentos de contacto com a população (integrados numa jornada regional), esclarecendo sobre a situação vivida nas empresas de transportes públicos do Distrito (METRO e STCP), os perigos que comportam a eventual fusão destas duas empresas e a real ameaça de privatização das mesmas.
O transporte público não pode ser gerido pela lógica do lucro, devendo ser entendido na lógica do serviço público que de facto é.
Em Vila Nova de Gaia, as populações sentem na pele, da pior forma, a submissão da mobilidade aos interesses privados. A redução de carreiras da União de Transportes dos Carvalhos (UTC) é apenas um dos exemplos, com supressão de carreiras que podem chegar a 50%, sendo o único critério que interessa aos privados o de viabilidade económica, ficam assim vastas zonas do nosso Concelho sem possibilidade de mobilidade efectiva. Estranho é o silêncio da Câmara Municipal em relação a este assunto, bem como estranha é a solução apresentada por este Executivo para os problemas de mobilidade: concessões a privados de veículos eléctricos e bicicletas para turistas, concessões estas que representam risco zero para investidores e mais encargos para a Câmara e Munícipes, uma vez que os contratos de concessão obrigam o município a ser responsável por eventuais prejuízos do negócio.
A Comissão Concelhia de Vila Nova de Gaia do PCP chama a atenção para a gravíssima situação social vivida no concelho, os níveis de desemprego alarmantes, que nem as campanhas de diminuição estatística artificial conseguem esconder, e as dificuldades crescentes das empresas do aparelho produtivo. Notem-se os casos da Cerâmica de Valadares, da empresa Paulo Mendes ou do Grupo Sardinha & Leite, as centenas e centenas de professores que estarão sem emprego ou com horários zero no próximo ano lectivo, o constante e diário encerramento de pequenas lojas, pequeno comércio e pequenas unidades fabris.
O recente anúncio de colocar os beneficiários do Rendimento Social de Inserção (RSI) a vigiar as zonas verdes do Concelho insere-se na opção de exploração máxima dos trabalhadores que o governo aponta e que a Câmara aproveita. É mais um programa para diminuir artificialmente os números do desemprego e uma oportunidade de pagar uma miséria de salário (o RSI é cerca de 92,20€ por membro do agregado familiar) por um serviço que o PCP considera essencial e deveria ser uma oportunidade para dar emprego com direitos e salário justo.
Vila Nova de Gaia vai sendo coberta pelo manto da pobreza e miséria mais ou menos envergonhada e mais ou menos encapotada, reagindo o Executivo Camarário com operações de propaganda demagógicas e desligadas da realidade, procurando corresponder a interesses partidários e pessoais, procurando projectar para o país e particularmente para a cidade do Porto um trabalho e uma imagem de prosperidade que estão muito longe da realidade.
É neste quadro que se inserem as propostas, apenas para jornal ver, de diminuição de impostos e taxas municipais (quando na realidade Gaia é a campeã do imposto e taxa máxima), ou a projecção de projectos para futuro incerto de novas pontes e travessias sobre o Douro. Estudos e projectos pagos pelo Município e que se tornam ridículos quando confrontados com a real política de mobilidade do Concelho e com o adiamento para nunca mais da extensão da linha do Metro ao Hospital, passando por Vila D’Este.
Uma imagem de prosperidade que assenta no benefício dos interesses pessoais e políticos e de grupos privados em detrimento de políticas sociais que atenuem as condições de vida de miséria com que se defrontam largas camadas da população.
Como é possível que se usem dinheiros públicos (várias centenas de milhares de euros) no apoio ao Marés Vivas, (evento não isento de virtudes mas claramente da esfera privada e lucrativo para os privados), e que empresas como as Águas de Gaia apoiem financeiramente este evento, quando os trabalhadores dessa empresa não têm os salários actualizados há vários anos e quando milhares de famílias se defrontam com a impossibilidade de pagamento da factura da água e com o seu corte?
A Câmara de Gaia procura materializar de forma apressada, mas não isenta de dificuldades, o maior ataque ao Poder Local Democrático desde a criação deste com o 25 de Abril de 1974.
A Comissão Concelhia de Vila Nova de Gaia do PCP chama mais uma vez à atenção da real possibilidade de derrotar a extinção de Freguesias, Freguesia a Freguesia, Concelho a Concelho, através da luta das populações.
Ao contrário do que demagogicamente vão afirmando o Executivo e muitos Presidentes de Junta não se fala de uma fusão ou agregação simples de Freguesias, mas sim extinção. Trata-se de um processo que, a não ser derrotado, afastará as populações dos processos de decisão, conduzirá a uma ainda maior asfixia financeira das freguesias, com mais área, mais população, mais competências e menos meios, e ao encerramento na generalidade de serviços públicos de proximidade às populações.
Chama-se ainda à atenção para o comportamento contraditório do PSD, CDS e PS em todo este processo. Vão votando de uma forma nas Assembleias de Freguesia, de outra na Assembleia Municipal, de outra na Assembleia Metropolitana e de outra na Assembleia da Republica. Muitas vezes com protagonistas semelhantes em vários destes órgãos.
A ideia peregrina de Menezes, de reduzir o número de freguesias para 7 ou 8, está agora em 15 ou 16, o que na prática significa extinguir para baralhar e voltar a dar a quase totalidade das freguesias do Concelho. Mas esta evolução expressa as dificuldades e possibilidades de pôr fim a este processo de assassinato do Poder Local Democrático e das Freguesias.
A Comissão Concelhia de Vila Nova de Gaia do PCP exorta as populações a não se demitirem deste processo, a comparecerem nas Assembleias de Freguesia, nas Assembleias Municipais, a organizarem-se em defesa das suas Freguesias, demonstrando a ilegitimidade dos autarcas em colaborarem e levaram para a frente um processo para os quais, claramente, não foram eleitos.
A Comissão Concelhia de Vila Nova de Gaia do PCP reafirma o compromisso de luta, de denúncia, de esclarecimento das populações neste e em todas as tentativas de impor retrocessos sociais e civilizacionais.
Durante o período de Verão, procurará manter acesa a chama da informação, do esclarecimento e da mobilização popular com uma Campanha de Verão que percorrerá empresas, cafés, colectividades e zonas estivais, na afirmação da possibilidade de romper com esta política ao serviço dos grandes e poderosos, ao mesmo tempo que afirma e dá corpo à maior realização política, cultural que se realiza no nosso País – a Festa do Avante!
A Comissão Concelhia de Vila Nova de Gaia do PCP está a programar a 3ª Fase de Preparação do XIX Congresso do PCP, tendo aprovado na generalidade o processo de discussão e eleição de delegados no Concelho. Processo que se quer amplamente participado e rico, dando corpo à efectiva participação e construção colectiva das propostas, conteúdos e acção deste Partido, factor decisivo para a unidade, coesão e para a força do PCP.
A Comissão Concelhia de Vila Nova de Gaia do PCP chama a atenção para as conclusões do Comité Central do PCP, nomeadamente quanto às comemorações do Centenário do nascimento do camarada Álvaro Cunhal, da sua vida, pensamento e luta, enquanto exemplo que se projecta no futuro. Comemorações que não se inserem em qualquer processo de culto da personalidade ou de abordagem simplista sobre o seu percurso e obra, mas que tenha em conta o carácter profundamente ligado ao colectivo e ao trabalho partidário, que projecte o seu contributo teórico e prático, a sua actualidade no tempo presente, e o seu contributo para a História do nosso País. Neste sentido, Comissão Concelhia elegeu um grupo de trabalho que proporá o conteúdo fundamental destas Comemorações no nosso Concelho.
Sem outro assunto,
Vila Nova de Gaia, 16 de Julho de 2012
a Comissão Concelhia de Vila Nova de Gaia do PCP
A Comissão concelhia de Vila Nova de Gaia do PCP, reunida a 13 de Julho, analisou os traços principais da situação política e social, apontando as linhas de intervenção para os próximos tempos.
O momento actual é marcado pelo avolumar das dificuldades dos trabalhadores e do Povo, obrigados a serem os contribuintes máximos para o pagamento de uma dívida que não criaram e para manter o intocável sistema especulativo e financeiro longe de dificuldades.
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Largas centenas de pessoas rumaram do centro da cidade do Porto a Porto de Rei, em Resende, no passado domingo e participaram no Passeio das Mulheres CDU do Porto. Há já mais de 22 anos que o Passeio das Mulheres CDU do Porto traz ao nosso convívio amigos que, embora possam não partilhar da nossa militância, partilham do nosso sentimento e necessidade de lutar contra as injustiças causadas por sucessivos governos de direita e contra os ataques – cada vez mais ferozes - aos trabalhadores.
Enquanto que a mobilização dos militantes do PCP é feita nas comissões de freguesiae pela imprensa do Partido, a principal divulgação desta iniciativa é feita “boca a boca” entre conhecidos, nas freguesias, nos bairros, nos locais de trabalho, com todos aqueles que, mesmo não sendo militantes do PCP, se identificam com a CDU, com as nossas propostas e maneira de estar, sendo estes a maioria dos participantes. Trata-se por isso de uma iniciativa política única no colectivo partidário do Porto, que pretende trazer até nós pessoas de outros quadrantes políticos e sociais, num espírito de festa e convívio fraterno. E como sempre acontece, esta iniciativa voltou a reflectir este ano a fraternidade, a solidariedade e a alegria que é característica em todas as iniciativas da CDU e de quem luta e exige uma política patriótica e de esquerda como sendo a única que serve os interesses do povo e dos trabalhadores.
Reforçando laços de amizade e de camaradagem, iniciativas como esta afirmam a abertura do PCP a todos os que com ele quiserem lutar por mais justiça e progresso social, proporcionando também a oportunidade de esclarecer e mobilizar todos os que nos acompanham para a necessidade de se alargar a unidade de acção contra as políticas de direita no plano local e nacional..
Este passeio já levou amigos e camaradas até localidades como Arcos de Valdevez, Vilar de Mouros, Vila Nova de Cerveira, Vila Pouca de Aguiar, Braga, Amarante, Esposende, Ponte da Barca, Coimbra, Cantanhede, entre outros. Este ano o destino foi a praia Fluvial de Porto de Rei, em Resende, local com uma beleza natural característica da região do Douro, que além de ser um local muito bonito, conta com muito boas condições.
Trata-se de uma iniciativa que pela dimensão, pelo conteúdo, pela animação, pelo convívio, pela agregação de tanta gente e de tanta gente diferente, é sem qualquer dúvida, uma das maiores iniciativas políticas realizadas pela organização regional do Porto.
O momento central destas iniciativas é indiscutivelmente o comício, que tem contando sempre com a presença do Secretário-geral do PCP e dos eleitos CDU da cidade do Porto. No comício os problemas da cidade, do país, e acima de tudo as propostas e denúncias do PCP e da CDU chegam a todos quantos nos acompanham e às populações que nos recebem, a pessoas que de outro modo seria impossível chegar, já que não podemos contar com os órgãos de comunicação social para esse efeito.
Usando da palavra na abertura do comício, Ana Regina Veira, membro do DOCP do PCP e responsável pelo Colectivo das Mulheres CDU, saudou todos os participantes e sublinhou o ambiente de camaradagem sentido nesta iniciativa.
De seguida, Pedro Carvalho, Vereador da CDU na Câmara Municipal do Porto, criticou as opções anti-sociais e anti-democráticas concretizadas pela coligação municipal PSD/CDS, em questões fundamentais com o apoio do PS, na gestão do município do Porto. Para o autarca comunista “Rui Rio e a coligação PSD/CDS têm despojado os principais activos da cidade ao serviço do grande capital com interesses no concelho”, citando como exemplos os diversos processos de privatização concretizados. O ataque ao Poder Local Democrático decorrente da extinção de freguesias e a intenção de proceder à extinção da maioria de freguesias do Porto. Sobre esta matéria, Pedro Carvalho alertou para a “negociata em curso entre PSD, CDS e PS” contra as freguesias do Porto, o que é revelador também do comprometimento do PS com as políticas de direita.
Na sua intervenção, Jerónimo de Sousa, abordou as consequências do pacto de agressão para, uma vez mais, reafirmar que apenas a renegociação da dívida portuguesa “nos prazos, nos montantes e nos juros” e a mudança de políticas pode tirar o país do rumo de declínio em que se encontra.
“Hoje vemos os pequenos e médios comerciantes, os pequenos e médios industriais, a irem à ruína porque aumentaram o IVA”, disse o Secretário-geral para logo concluir que ao problema do aumento do IVA se junta outro: “Não têm clientes, porque se os trabalhadores e os reformados não têm dinheiro não podem comprar”, ilustrando dessa forma as consequências perversas da política de austeridade na economia portuguesa.
A propósito do acórdão do Tribunal Constitucional que considerou os cortes no 13º e 14º meses inconstitucional, e da anunciada intenção do Governo em “compensar” a perda essa fonte de receita com medidas de austeridade alternativas, Jerónimo de Sousa disse: “Nós dizemos qual é a alternativa: abdiquem, larguem esse pacto de agressão, rompam com ele, renegoceiem a nossa dívida nos prazos, nos montantes e nos juros. Façam uma política de investimento na criação de riqueza, pondo o nosso país a produzir na agricultura, nas pescas, na indústria e nos recursos naturais”, acrescentando que o Governo devia devolver “o que roubaram aos trabalhadores, aos reformados e aos pensionistas” e respeitar “os direitos de quem trabalha”.
Trata-se de uma proposta que a Troika nacional e estrangeira, por estar do lado do capital, obviamente não aceitará, o que levou o secretário-geral a dizer que Passos Coelho “não é incompetente, ele sabe o que está a fazer. Fez uma opção, pôs-se do lado dos poderosos contra os mais fracos, pôs-se do lado do grande capital contra os trabalhadores”.
O secretário-geral disse ainda que outra medida que o Governo devia tomar, em vez de “pensar logo em cortar no décimo terceiro mês ou no subsídio do férias do sector privado”, era visar “as grandes fortunas, os grupos económicos, aqueles que hoje têm carros de luxo, iates, aviões e fortunas abissais”, indo buscar dinheiro lá onde ele está e não junto dos trabalhadores já sem “possibilidade de fazer face à vida”.
Jerónimo de Sousa referiu ainda que uma vez que “a banca é um problema”, pois então deve ser nacionalizada, passando a ficar “ao serviço dos portugueses e não dos accionistas e dos seus banqueiros”.
Largas centenas de pessoas rumaram do centro da cidade do Porto a Porto de Rei, em Resende, no passado domingo e participaram no Passeio das Mulheres CDU do Porto. Há já mais de 22 anos que o Passeio das Mulheres CDU do Porto traz ao nosso convívio amigos que, embora possam não partilhar da nossa militância, partilham do nosso sentimento e necessidade de lutar contra as injustiças causadas por sucessivos governos de direita e contra os ataques – cada vez mais ferozes - aos trabalhadores.
Enquanto que a mobilização dos militantes do PCP é feita nas comissões de freguesia e pela imprensa do Partido, a principal divulgação desta iniciativa é feita “boca a boca” entre conhecidos, nas freguesias, nos bairros, nos locais de trabalho, com todos aqueles que, mesmo não sendo militantes do PCP, se identificam com a CDU, com as nossas propostas e maneira de estar, sendo estes a maioria dos participantes.
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Na próxima reunião da Câmara Municipal do Porto será discutida uma proposta da coligação
PSD/CDS sobre o fundo de investimento para o Bairro do Aleixo.
Na opinião da CDU, trata-se de mais uma negociata imobiliária a juntar à negociata anterior.
Com efeito, Rui Rio mais uma vez opta por delapidar o património municipal ao serviço de
interesses privados.
Esta proposta merece por parte da CDU, desde já, sem prejuízo da exposição de uma
apreciação mais desenvolvida na próxima reunião da Câmara Municipal, as seguintes
considerações:
1. Corresponde à confirmação que o negócio da coligação PSD/CDS sobre o Bairro
do Aleixo falhou redondamente. A nova proposta prevê a saída de Vítor Raposo,
destacado elemento do Fundo, sendo este substituído por novos investidores e por uma
maior participação do Município. Apesar da proposta não justificar os motivos que levam
à entrada de novos investidores e a saída a prazo de Vítor Raposo, objectivamente, é
notório que as razões residem nos graves problemas judiciais e financeiros de Vítor
Raposo, ex-companheiro de Rui Rio no Grupo Parlamentar do PSD na Assembleia da
República. A CDU recorda o se passou com a Trancone sobre o Mercado do Bolhão,
com a Talento sobre o Circuito da Boavista, com Filipe La Féria sobre o Rivoli e com a
AEP sobre o Rosa Mota. Assim, também neste processo, se pode verificar uma certa
apetência de Rui Rio para realizar más escolhas com maus parceiros;
2. Nos termos da proposta, o Fundo que tem actualmente 2 600 Unidades de
Participação (UP`s) aumenta para mais do dobro, totalizando 5 406. O
fundamental deste aumento é assumido pelo Município do Porto, que vai
aumentar a sua participação de 500 UP´s para 2121, ou seja, mais do que
quadruplica a sua parte. Nem a previsão de venda de 500 UP´s a um dos novos
investidores altera substancialmente o facto de, mais uma vez, ser a Câmara a “tapar os
buracos” dos investidores privados;
3. Há uma omissão completa relativamente aos moradores actuais do Bairro do
Aleixo, aos processos de realojamento realizados e a realizar e às contrapartidas
a obter pelo Município. Aquando da apresentação da primeira proposta, Rui Rio
prometeu a construção pelo Fundo de habitações no Centro Histórico e noutras zonas
do Porto para realojar os moradores do bairro. Ora, segundo é público, várias dezenas
de moradores já foram transferidos mas exclusivamente para outros bairros municipais
(muitas vezes para habitações mais pequenas e com rendas mais altas), perdendo por
essa via o Município capacidade de oferta de habitação social com a agravante de
atrasar ainda mais a entrega de habitações a famílias necessitadas;
4. A CDU considera que o processo de demolição do Bairro do Aleixo deve ser
suspenso e que toda a operação imobiliária em curso deve ser reconsiderada.
5. Esta evolução do processo vem reforçar o acerto da proposta alternativa da CDU,
designadamente de realojamento imediato noutros bairros das famílias que o
pretenderem, seguido da construção, nos terrenos do bairro, de uma nova
urbanização, com características físicas completamente diferentes (edifícios
baixos, com diversas entradas e com um menor número de habitações), que
permita o realojamento das famílias que pretenderem continuar a viver no local.
Estamos certos da v/melhor atenção.
Porto, 13 de Julho de 2012
A CDU – Coligação Democrática Unitária / Cidade do Porto
Na próxima reunião da Câmara Municipal do Porto será discutida uma proposta da coligação PSD/CDS sobre o fundo de investimento para o Bairro do Aleixo.
Na opinião da CDU, trata-se de mais uma negociata imobiliária a juntar à negociata anterior.
Com efeito, Rui Rio mais uma vez opta por delapidar o património municipal ao serviço de interesses privados.
Esta proposta merece por parte da CDU, desde já, sem prejuízo da exposição de uma apreciação mais desenvolvida na próxima reunião da Câmara Municipal, as seguintes considerações:
1. Corresponde à confirmação que o negócio da coligação PSD/CDS sobre o Bairro do Aleixo falhou redondamente. A nova proposta prevê a saída de Vítor Raposo, destacado elemento do Fundo, sendo este substituído por novos investidores e por uma maior participação do Município.
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Por iniciativa da CDU, que mereceu o acordo de todos os partidos, a Assembleia Metropolitana do Porto reuniu extraordinariamente para debater a situação das empresas Metro do Porto e STCP, nomeadamente no que diz respeito aos processos de nomeação de novas administrações e de fusão das mesmas.
Assim, tendo em conta a gravidade do processo em curso de fusão da Metro do Porto com a STCP, suportado no objectivo de proceder à privatização dos sectores mais rentáveis destas empresas, com graves consequências na qualidade dos serviços prestados, a CDU colocou à consideração da Assembleia uma proposta de deliberação nos sentido de rejeição das intenções anti-sociais. Esta proposta foi rejeitada porque o PS optou pela abstenção.
Por maioria, a Assembleia Metropolitana aprovou um Voto de Protesto apresentado pela CDU sobre a forma como o Governo e Junta Metropolitana do Porto têm vindo a conduzir a nomeação de novas administrações para estas empresas, subalternizando os interesses da região, dos utentes e dos trabalhadores destas empresas a uma "guerrilha" entre Rui Rio e Filipe Meneses.
Por iniciativa da CDU, que mereceu o acordo de todos os partidos, a Assembleia Metropolitana do Porto reuniu extraordinariamente para debater a situação das empresas Metro do Porto e STCP, nomeadamente no que diz respeito aos processos de nomeação de novas administrações e de fusão das mesmas.
Assim, tendo em conta a gravidade do processo em curso de fusão da Metro do Porto com a STCP, suportado no objectivo de proceder à privatização dos sectores mais rentáveis destas empresas, com graves consequências na qualidade dos serviços prestados, a CDU colocou à consideração da Assembleia uma proposta de deliberação nos sentido de rejeição das intenções anti-sociais. Esta proposta foi rejeitada porque o PS optou pela abstenção.
Por maioria, a Assembleia Metropolitana aprovou um Voto de Protesto apresentado pela CDU sobre a forma como o Governo e Junta Metropolitana do Porto têm vindo a conduzir a nomeação de novas administrações para estas empresas, subalternizando os interesses da região, dos utentes e dos trabalhadores destas empresas a uma "guerrilha" entre Rui Rio e Filipe Meneses.
Henrique Campos Cunha aceitou ser nomeado para integrar organismos liquidatários de freguesias
O Governo pretende extinguir nos próximos meses centenas de freguesias em todo o país, levando à aplicação da lei 22/2012, de 30 de Maio. Segundo esta lei, o concelho de Valongo deve ver reduzidas as suas freguesias de cinco para três.
Esta lei pretende transferir para as assembleias municipais o ónus do papel de “carrasco” de freguesias do seu concelho, transferindo para este órgão a competência de decisão no quadro dos limites e critérios estabelecidos na lei. Perante a falta de apresentação de proposta por parte das assembleias municipais, então supostamente prevalecerá a decisão das Unidades Técnicas.
Mas, de facto, esta lei e as suas Unidades Técnicas estão “feridas de morte”. Veja-se:
O processo de elaboração e aplicação da lei tem sido objecto da maior contestação jamais realizada no nosso país em defesa do Poder Local Democrático, unindo autarcas e forças vivas de todas as sensibilidades políticas;
A proposta de lei do Governo mereceu apenas a aprovação na Assembleia da República pelos partidos que suportam o Governo;
A constituição das Unidades Técnicas falhou depois da ANAFRE, a ANMP e de os Grupos Parlamentares do PCP, PEV, PS e BE terem recusado indicar representantes para estes organismos. Assim, estas são compostas exclusivamente por representantes directos dos partidos que suportam o Governo e por elementos de entidades que dependem do Governo (DGAL, DGT e CCDRN´s);
Nenhum eleito autárquico tem legitimidade para decidir sobre a extinção de freguesias, sobretudo tendo em conta que nenhum partido ou candidato, aquando das últimas eleições autárquicas, inscreveu no seu programa a intenção de eliminar freguesias, nomeadamente em Valongo;
A tentativa de extinguir freguesias, algumas das quais com séculos de existência, em apenas poucos meses e nas costas das populações não tem qualquer sustentação.
No que diz respeito às Unidades Técnicas, entre os seus membros por indicação dos Grupos Parlamentares do PSD e do CDS, está, lamentavelmente, Henrique Campos Cunha, Presidente da Assembleia Municipal de Valongo. Este facto deve envergonhar a coligação municipal PSD/CDS, que vê assim um dos seus eleitos mais destacados aceitar exercer funções em organismos que ilegitimamente pretendem liquidar centenas de freguesias
O facto de o Presidente da Assembleia Municipal de Valongo, ao integrar as Unidades Técnicas, aceder exercer uma função politicamente condenável contra as freguesias e os órgãos municipais (incluindo do seu concelho), é contraditório com o exercício de funções autárquicas na defesa das populações e do Poder Local Democrático.
A CDU exige a demissão imediata de Henrique Campos Cunha de membro das Unidades Técnicas como condição para o exercício da sua função de Presidente da Assembleia Municipal de Valongo em respeito pelos princípios democráticos do Poder Local, sob pena de persistir uma situação inaceitável para os Valongueses.
Nesse sentido, na próxima reunião da Assembleia Municipal de Valongo, a CDU apresentará um voto de protesto contra a participação de Henrique Campos Cunha nas Unidades Técnicas.
A extinção de freguesias não é uma inevitabilidade. Estão reunidas as condições para impedir que este processo seja concluído. Assim, a CDU apela às populações e às forças vivas de Valongo para que se mobilizem em defesa da manutenção das suas freguesias, com a certeza de que a sua extinção conduzirá a menos democracia e à redução de serviços, sobretudo sociais, de proximidade.
Estamos certos da v/melhor atenção.
Valongo, 10 de Julho de 2012
A CDU – Coligação Democrática Unitária / Valongo
Henrique Campos Cunha aceitou ser nomeado para integrar organismos liquidatários de freguesias
O Governo pretende extinguir nos próximos meses centenas de freguesias em todo o país, levando à aplicação da lei 22/2012, de 30 de Maio. Segundo esta lei, o concelho de Valongo deve ver reduzidas as suas freguesias de cinco para três.
Esta lei pretende transferir para as assembleias municipais o ónus do papel de “carrasco” de freguesias do seu concelho, transferindo para este órgão a competência de decisão no quadro dos limites e critérios estabelecidos na lei. Perante a falta de apresentação de proposta por parte das assembleias municipais, então supostamente prevalecerá a decisão das Unidades Técnicas.
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Na reunião da Assembleia Municipal ontem ocorrida, como habitualmente sem a presença do
Presidente da Câmara, foi apreciada uma proposta de entrega das exéquias fúnebres e
inumações à exploração por uma empresa privada, como se de uma vulgar “área de negócio”
se tratasse.
Com esta proposta a Câmara retomou o atribulado projecto do “Complexo Funerário
Municipal”, agora reduzido a 25% do que inicialmente propunha, mas insistindo em entregar à
iniciativa privada não só a sua concepção e construção, mas também a exploração, em termos
de que a CDU discorda, tendo por isso votado contra esta nova formulação e apresentado a
seguinte Declaração de Voto:
Tal como nas anteriores apreciações sobre esta matéria, a CDU vota contra a proposta de abertura de
concurso relativa a um Complexo Funerário Municipal, porque se mantêm os pressupostos anteriormente
invocados: trata-se de uma matéria vocacionadamente de interesse público, que não deve ser intermediada
por uma gestão de entidades privadas, naturalmente movidas pelo lucro e não pelo serviço público.
Como por norma acontece com a privatização da gestão de serviços públicos, os preços aumentam
excessivamente. Há por outro lado que acautelar que as regras de normal concorrência nas empresas do
sector deverão ser praticadas com transparência.
A criação de um mega-complexo funerário municipal com serviços polivalentes pode introduzir no
Concelho um ramo de negócio que hoje prospera na forma de transnacionais ávidas de facturação, para
quem os actos de enterramento, em vez de envolvidos pela sobriedade, passam a ser momentos de exibição
de posses materiais e competição entre famílias. Assim já ocorre noutros lugares.
Por outro lado constatamos que, atendendo à natural evolução da sociedade e dos seus hábitos, se vem
verificando um grande crescimento de procura de serviços de cremação que não tem merecido, como
deveria, resposta adequada e tempestiva por parte do Município, pelo que estamos abertos à procura de uma
solução aceitável, desde que balizada pelo respeito da sensibilidade da matéria em causa e pelo predomínio
da gestão pública.
Destaque ainda para a promessa do senhor Vice-Presidente de, na próxima reunião, esclarecer
plenamente questões colocadas pela CDU e até agora sem resposta adequada,
designadamente sobre os pagamentos dos projetos de anunciadas pontes ou sobre a aplicação
de tarifas de água e saneamento.
Contudo, ficaram de novo sem resposta, entre outras questões, as relacionadas com os
problemas do desemprego (nomeadamente o despedimento de centenas de trabalhadores do
grupo “Sardinha e Leite” e da empresa “Paulo Mendes”), ou o facto de os Conselhos Municipais
estarem há cerca de dois anos sem reunir.
Surpreendentemente, a Câmara alegou até nada saber sobre as suspensões de carreiras que
se têm verificado por parte de uma empresa de camionagem dos Carvalhos.
CDU Gaia – Gabinete de Imprensa
V. N. Gaia, 6 de Junho de 2012
Na reunião da Assembleia Municipal ontem ocorrida, como habitualmente sem a presença do Presidente da Câmara, foi apreciada uma proposta de entrega das exéquias fúnebres e inumações à exploração por uma empresa privada, como se de uma vulgar “área de negócio” se tratasse.
Com esta proposta a Câmara retomou o atribulado projecto do “Complexo Funerário Municipal”, agora reduzido a 25% do que inicialmente propunha, mas insistindo em entregar à iniciativa privada não só a sua concepção e construção, mas também a exploração, em termos de que a CDU discorda, tendo por isso votado contra esta nova formulação e apresentado aseguinte Declaração de Voto:
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