O distrito do Porto vive há muito uma profunda crise económica e social, crise que se agravou com o memorando de entendimento/pacto de agressão.
O tecido produtivo, designadamente as indústrias transformadoras, vem sofrendo um verdadeiro abate com o número de empresas a diminuir de forma brutal.
Entre 2004 e 2006 essa diminuição foi de 12% e entre 2006 e 2010 foi de 23,8%, sendo estes os últimos dados publicados pelo INE.
Sublinhe-se que há concelhos onde essa redução foi avassaladora entre eles Baião com 22,8% no primeiro período, Gondomar com16,1% e 27,1% em cada um dos períodos respectivamente, Maia com 25% no segundo período, Matosinhos com 15,9% e 35,7%, Porto com 14,9% e 37,1%, Póvoa de Varzim com 25,6% no segundo período e Vila Nova de Gaia com 11,8% e 29,5%.
Isto não surgiu por acaso.
Muitas dessas empresas localizavam-se em terrenos que se tornaram apetecíveis para a especulação imobiliária em tempos que as politicas municipais a esta se subordinaram.
Por outro lado, a grande maioria destas empresas é de micro, pequena e média dimensão, 99,92%, logo muito dependentes do mercado interno pelo que com a quebra do poder de compra da generalidade dos portugueses, mais acentuada nos últimos anos, não puderam deixar de sofrer as consequências no que respeita ao seu mercado.
Causa relevante nesta crise foi a discriminação negativa do distrito em termos de investimento público por parte dos últimos governos conforme o atestavam os sucessivos PIDDAC, documento entretanto desaparecido sempre em nome de uma transparência cada vez mais opaca. Mesmo aquilo que constava dos PIDDAC, em montante inferior à média do país, ficava longe do seu cumprimento como o atesta o repetidamente prometido alargamento da rede da Metro do Porto mas que, na maioria dos casos, não passou de promessas feitas com pompa e circunstância.
A destruição do aparelho produtivo e a discriminação negativa do distrito em termos de investimento público não puderam deixar de se reflectir no Produto Interno Bruto (PIB) desta região.
Estando os dezoito concelhos do distrito distribuídos por 3 NUT III, Grande Porto, Ave e Tâmega, verificamos, segundo os dados do EUROSTAT, que o PIB do Grande Porto passou de 115,6% da média nacional em 1995 para101,3% em 2009, o do Ave de 81,1% para 71,5% e do Tâmega de 50% para 55,1% continuando esta sub-região a ser a segunda mais pobre do país. Estes dados mostram de forma inequívoca um processo de empobrecimento do distrito em desenvolvimento há muitos anos.
Este descalabro está a provocar consequências sociais dramáticas.
O desemprego constitui um flagelo social de enormes proporções atingindo 23%, cerca de mais 5% acima da média nacional.
Sublinhe-se que com as políticas decorrentes do memorando de entendimento/pacto de agressão entre Junho de 2011 e o mesmo mês deste ano o número de inscritos nos centros de emprego aumentou no distrito 30,7%.
Por tudo isto alastra a pobreza voltando a surgir a sopa dos pobres que caracterizou uma época negra da nossa história.
Considerando o Rendimento Social de Inserção um indicador de pobreza constatamos que o número de beneficiários no distrito representa 28,2% do total nacional sendo que a proporção da população é de apenas 17,2%. Isto é, há muito mais pobreza no distrito do que na média do país.
Este rumo de desastre tem de ser travado com toda a urgência.
O distrito tem potencialidades, importa aproveitá-las.
Tem importantes infra-estruturas, tais como o Porto de Leixões, o Aeroporto do Porto, a Refinaria da Petrogal, o porto de pesca de Matosinhos, o rio Douro e vias rodoviárias e ferroviárias que permitem a ligação a outros centros. Dispõe, ainda, de instituições do ensino superior de grande prestígio que contribuem para a formação de quadros altamente qualificados. Tem, também, trabalhadores com assinalável know-how em qualquer um dos sectores da economia.
Mas apesar de tudo isto a emigração voltou a ser o destino de muitos milhares de habitantes do distrito só que desta vez também de jovens altamente qualificados o que significa o desperdício do investimento feito na sua formação a favor de países com muito maiores possibilidades económicas.
É perante esta realidade que o investimento assume maior importância porque dele resulta mais crescimento económico e emprego.
Ora, sendo diminuto o investimento privado assume maior importância o investimento público que pode constituir o motor daquele.
É urgente que tal aconteça para este declínio do distrito se inverta.
Aproxima-se a definição do QREN para o período 2014-2020.
O distrito do Porto não pode continuar a ser discriminado, os projectos devem contemplar infra-estruturas, equipamentos colectivos, a dinamização e modernização do tecido empresarial, designadamente das PME’s e a sua concretização deve ser uma realidade, não repetindo o desaproveitamento de verbas que poderá acontecer com o actual quadro comunitário.
Mas para além das verbas do QREN é urgente que o governo PSD/CDS-PP dinamize o investimento público no distrito do Porto. A situação económica e social cada vez mais grave assim o exige, permitindo a criação de riqueza e de emprego numa região há muito em processo de empobrecimento.
Entre os investimentos de que o distrito necessita, alguns deles prometidos e anunciados há vários anos, podem referir-se os seguintes:
- Alargamento da rede do Metro do Porto conforme programa previsto
- Modernização das linhas ferroviárias Porto-Vigo, do Douro e de Leixões
- Construção do IC 35
- Requalificação da Estrada da Circunvalação
- Requalificação do Mercado do Bolhão
- Recuperação urbana em especial dos Centros Históricos do Porto e de Gaia
- Construção dos centros hospitalares de Gaia-Espinho e de Póvoa de Varzim-Vila do Conde
- Construção dos Centros de Saúde anunciados
- Reabilitação de escolas que não foram contempladas em outros programas
- Reabilitação de instalações das forças de segurança
- Contribuição para a resolução de problemas de abastecimento de água e saneamento básico que ainda existem em alguns concelhos do distrito
O empobrecimento do distrito do Porto não é uma fatalidade, antes é uma consequência das opções políticas dos sucessivos governos sejam do PS ou do PSD/CDS-PP.
Acima dos interesses e ditames da troika internacional e dos subscritores do memorando de entendimento/pacto de agressão estão os interesses de um distrito e da sua população que há muito vêm sofrendo.
É urgente a inversão deste rumo de desastre. A ruptura com o pacto de agressão e a política de direita que o suporta é fundamental para a melhoria da qualidade de vida da população do distrito do Porto e do país.
31.08.2013
O Gabinete de Imprensa da DORP do PCP
O distrito do Porto vive há muito uma profunda crise económica e social, crise que se agravou com o memorando de entendimento/pacto de agressão.
O tecido produtivo, designadamente as indústrias transformadoras, vem sofrendo um verdadeiro abate com o número de empresas a diminuir de forma brutal.
Entre 2004 e 2006 essa diminuição foi de 12% e entre 2006 e 2010 foi de 23,8%, sendo estes os últimos dados publicados pelo INE.
Sublinhe-se que há concelhos onde essa redução foi avassaladora entre eles Baião com 22,8% no primeiro período, Gondomar com16,1% e 27,1% em cada um dos períodos respectivamente, Maia com 25% no segundo período, Matosinhos com 15,9% e 35,7%, Porto com 14,9% e 37,1%, Póvoa de Varzim com 25,6% no segundo período e Vila Nova de Gaia com 11,8% e 29,5%.
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Foi com esta frase entusiástica que a Câmara Municipal de Matosinhos inaugurou o texto que dava conta da viagem inaugural do transporte ferroviário de passageiros que decorreu há quatro anos atrás, precisamente no dia 9 de Setembro, pelas 11 horas, após uma sessão que decorreu no Centro Cultural de Leça do Balio e que juntou a Secretária de Estado dos Transportes, Ana Paula Vitorino, e o Presidente da Câmara de Matosinhos, Guilherme Pinto.
Nessa altura, muitos argumentos se esgrimiram para reabrir a linha de Leixões a passageiros, reivindicação de mais de vinte anos da CDU:
«a inauguração novo serviço ferroviário de passageiros da Linha de Leixões decorreu no momento exacto para servir as populações na abertura do ano escolar 2009/2010»; «ao serviço dos passageiros, os comboios vão circular entre as estações de Ermesinde e Leça do Balio, com paragem em São Gemil e S. Mamede de Infesta (…) percurso que demora cerca de 16 minutos e que se estima que irá servir cerca de 2,9 milhões de pessoas por ano»
Muito champanhe na inauguração: «o Presidente da Câmara, Guilherme Pinto, mostrou-se visivelmente satisfeito com a reactivação da Linha de Leixões que vai aumentar ainda mais a mobilidade no interior do concelho, bem como do concelho para outras áreas da Área Metropolitana do Porto».
Muitas promessas: «a curto prazo, esta linha deverá ser estendida até Leixões, estando também prevista a ligação da mesma a Campanhã e a respectiva integração no Andante».
Muitas mais promessas: «a abertura ao público do serviço ferroviário de passageiros decorreu também num timing particularmente feliz para o concelho de Matosinhos, em particular para a freguesia de Leça do Balio, que recebe entre os dias 10 e 13 de Setembro a Feira Medieval – Os Hospitalários no Caminho de Santiago, um evento que atrai anualmente milhares de visitantes e que tem como principal objectivo promover os Caminhos de Santiago no Concelho de Matosinhos, bem como divulgar o Mosteiro de Leça do Balio, um dos monumentos mais emblemáticos do Norte de Portugal, através da recriação da época medieval, com os seus costumes, tradições e vivências. Este ano, os visitantes poderão optar pelo comboio evitando as dificuldades de estacionamento ou os constrangimentos de trânsito inerentes a eventos com um vasto público como este».
Depois das promessas: «a viagem inaugural entre Leça do Balio e Ermesinde, com paragens nas estações de s. Mamede de Infesta e Sangemil e regresso a Leça do Balio (…) uma viagem com lotação praticamente esgotada uma vez que foram muitos os cidadãos que fizeram questão de se associarem a este momento».
LINHA DE LEIXÕES, EXPECTATIVAS DEFRAUDADAS, DINHEIROS DESPERDIÇADOS, INCOMPETÊNCIA E IRRESPONSABILIDADE
Na sua saga de liquidação do transporte público, incluindo o ferroviário, o Governo anunciou várias medidas, entre as quais o encerramento da Linha de Leixões ao transporte de passageiros. Apresentou como justificação para tal decisão que os comboios só transportam três utentes por viagem.
Não disse, contudo, num comportamento de absoluta desonestidade, as razões que levam a que tal aconteça.
· Devia ter dito que estudos feitos pela CP, em 2004, estimavam que, quando todas as condições estivessem criadas, viriam a ser transportadas entre 21 mil e 31 mil pessoas por dia, sendo esse número revisto, no ano passado, para 2,9 milhões.
· Devia, igualmente, ter dito que do projecto anunciado apenas foi implementado o trajecto entre São Gemil (Maia) e S. Mamede de Infesta, sem que fossem criadas outras paragens.
O resultado obtido não podia ser muito diferente.
Não foram criadas as condições para serem servidos grandes aglomerados populacionais, tais como Pedrouços, Águas Santas ou o pólo da Asprela, este a abranger o Centro Escolar, o Hospital de S. João e o IPO e zonas industriais, casos da Arroteia e Guifões.
Não foram construídas as estações ou paragens necessárias.
Não foi feito o prolongamento até Matosinhos.
Não foram concretizadas as potencialidades previstas de ligação a outros meios de transporte, como o metro no Hospital S. João ou no términus em Matosinhos, as carreiras da STCP e outras linhas de caminho-de-ferro, casos das do Douro e Minho.
Muito ficou por fazer, embora muito tivesse sido gasto, em electrificação e duplicação da via, para viabilizar o transporte de passageiros na Linha de Leixões.
Só que se deixou o processo incompleto e, agora e mais uma vez, milhões de euros serão desperdiçados por incompetência e irresponsabilidade do Governo.
E não pode deixar de se recordar a inauguração da linha de Ermesinde a Leça do Balio, ocorrida, com grande pompa, em Setembro do ano passado, nas vésperas das eleições legislativas e autárquicas, com a participação de Ana Paula Vitorino, então Secretária de Estado e candidata a deputada da AR pelo distrito do Porto, e Guilherme Pinto, candidato a Presidente da Câmara de Matosinhos num processo, como todos se recordam, bastante atribulado.
Nessa cerimónia, que hoje se pode confirmar de verdadeira propaganda eleitoralista e que os tempos mostram ter sido mais um embuste, foi reafirmado que tudo o que estava previsto iria ser concretizado e, alguns dos aspectos mais importantes, como a construção dos apeadeiros da Arroteia e Hospital de S. João, seriam construídos até Junho deste ano.
Mas tudo o tempo levou. E mais uma vez esta região e o distrito do Porto foram penalizados pelo Governo que tem na discriminação, em termos de investimento público, uma das suas imagens de marca, com consequências económicas e sociais cada vez mais dramáticas e visíveis.
Enquanto isto acontece, a Autoridade Metropolitana de Transportes que poderia, e deveria, dinamizar as potencialidades existentes em termos de um melhor aproveitamento dos transportes existentes, públicos e privados, permaneceu indiferente a esta decisão do Governo. Será que existe para avalizar o que este decide, mesmo que afronte a racionalidade e os interesses da população da área geográfica que devia ser a sua principal preocupação em termos de serviço?
E sendo que os concelhos de Gondomar, Maia, Matosinhos, Porto e Valongo são, directamente, atingidos por esta medida e, também, toda a área metropolitana pela perda de um importante meio de transporte, como compreender o silêncio da Junta Metropolitana do Porto, uma vez mais passiva e incapaz de defender os interesses da economia e do bem-estar da população?
EXIGIMOS SOLUÇÕES E NÃO ESPECTÁCULO – MAIS RESPEITO PELAS POPULAÇÕES
A CDU renova o seu compromisso intermunicipal:
Abertura da Linha de Leixões a passageiros como um elemento central da rede de transportes metropolitanos;
Estabelecer uma ligação da Linha de Leixões com a Linha Amarela do Metro do Porto, criando uma nova centralidade no Polo da Asprela;
Realização dos investimentos de construção das estações e de ampliação da linha até ao seu destino (Porto de Leixões);
Integração na rede intermodal de transportes metropolitanos.
S. Mamede de Infesta, 29 de Agosto de 2013
Candidatos da CDU às Câmaras Municipais de Maia – Matosinhos – Porto – Valongo-Gondomar
Foi com esta frase entusiástica que a Câmara Municipal de Matosinhos inaugurou o texto que dava conta da viagem inaugural do transporte ferroviário de passageiros que decorreu há quatro anos atrás, precisamente no dia 9 de Setembro, pelas 11 horas, após uma sessão que decorreu no Centro Cultural de Leça do Balio e que juntou a Secretária de Estado dos Transportes, Ana Paula Vitorino, e o Presidente da Câmara de Matosinhos, Guilherme Pinto.
Nessa altura, muitos argumentos se esgrimiram para reabrir a linha de Leixões a passageiros, reivindicação de mais de vinte anos da CDU:
«a inauguração novo serviço ferroviário de passageiros da Linha de Leixões decorreu no momento exacto para servir as populações na abertura do ano escolar 2009/2010»; «ao serviço dos passageiros, os comboios vão circular entre as estações de Ermesinde e Leça do Balio, com paragem em São Gemil e S. Mamede de Infesta (…) percurso que demora cerca de 16 minutos e que se estima que irá servir cerca de 2,9 milhões de pessoas por ano»Muito champanhe na inauguração: «o Presidente da Câmara, Guilherme Pinto, mostrou-se visivelmente satisfeito com a reactivação da Linha de Leixões que vai aumentar ainda mais a mobilidade no interior do concelho, bem como do concelho para outras áreas da Área Metropolitana do Porto».
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Na soalheira e quente tarde de sábado, muitas centenas de activistas e amigos da CDU desfilaram pelas ruas de Gaia, numa Marcha pelo Emprego e Desenvolvimento do concelho, que contou com Jorge Sarabando e Paula Baptista, candidatos da CDU à Câmara e Assembleia Municipal, e Jerónimo de Sousa, Secretário-Geral do PCP.
Esta Marcha foi um momento de denúncia da alarmante realidade de um concelho com mais de 34.000 desempregados e com muitos milhares de trabalhadores inseguros da manutenção dos seus postos de trabalho; com um comércio tradicional em morte lenta e agonizante, com micro, pequenos e médios empresários que viram os seus pequenos negócios encerrar, ou que se debatem diariamente com enormes dificuldades de sobrevivência. Uma Marcha de denúncia das responsabilidades partilhadas pelo Governo e Autarquia que, com opções políticas e ideológicas iguais, semeiam a destruição do aparelho produtivo, sendo um dos exemplos mais recentes e de maior notoriedade a Cerâmica de Valadares, cuja corajosa luta dos seus trabalhadores foi referida e valorizada na intervenção do Secretário-Geral do PCP. Jerónimo de Sousa, na sua intervenção, falou da premente necessidade da criação de emprego com direitos, para que não sejam dadas esmolas ao Povo, mas para que, fruto do seu trabalho, o Povo tenha condições para viver com dignidade. O Secretário-Geral do PCP desmascarou ainda as troikas nacionais e estrangeiras, que tentam esconder dos portugueses, adiando a visita da troika estrangeira, o presente envenenado reservado para depois das Eleições Autárquicas – mais cortes nos direitos laborais e sociais.
Uma Marcha de protesto contra as políticas geradoras de desemprego, que aprofundam desigualdades sociais e aumentam a pobreza e a fome. Privilegiam e protegem o capital e a banca contra os trabalhadores, os reformados e pensionistas; privilegiam e protegem a grande distribuição contra o comércio tradicional – visível no alargamento dos horários das grandes superfícies.
Mas foi ainda um momento de afirmação e de confiança. Afirmação de um projecto alternativo e transparente, ao serviço da população de Gaia e dos seus interesses. A CDU tem desenvolvido um trabalho constante e coerente com os valores que defende, junto dos trabalhadores e das populações, apoiando as suas lutas e assumindo com clareza e convicção o seu lado da “batalha”.
Neste quadro de confiança num novo rumo, Jorge Sarabando interveio, anunciando os compromissos da CDU no âmbito do Emprego e Desenvolvimento (em anexo a intervenção completa):
Criar um Gabinete Municipal do Investimento, vocacionado para o relacionamento com os agentes económicos, com vista a desburocratizar os procedimentos e a privilegiar e apoiar os investimentos no sector produtivo, geradores de mais postos de trabalho e de produtos de maior valor acrescentado;
Reduzir a Derrama e o IMI, revogar a Taxa de Protecção Civil e, não havendo alteração da prática dos operadores, a Taxa Municipal dos Direitos de Passagem;
Dar prioridade à reabilitação urbana, tomando como pólo o Centro Histórico, com vista ao seu repovoamento, dando maior atenção aos antigos moradores deslocalizados;
Revitalizar o comércio tradicional, reduzindo preços de licenciamentos, melhorando as condições de estacionamento, preparando zonas pedonais e pondo termo ao favorecimento das grandes superfícies e à desregulação dos horários;
Dinamizar a actividade cultural, designadamente na sua conexão turística, e privilegiando a cooperação com o Município do Porto;
Intensificar a luta, com todas as forças vivas do concelho, pelos investimentos públicos já prometidos, como a extensão do Metro a Vila d’Este, o Centro Hospitalar e os Centros de Saúde, com destaque para o de Vilar de Andorinho e Madalena.
A Marcha pelo Emprego e Desenvolvimento deu corpo à necessidade e à vontade de um outro rumo e uma outra política para Gaia, um caminho direcionado para o desenvolvimento económico, para a produção, para o emprego com direitos.
Chegou ao fim o tempo do ilusionismo, da cosmética e dos compadrios. É altura de dizer basta a um Governo e Executivo Camarário PSD/CDS e a um PS cúmplice e conivente em manobras de faz-de-conta.
É urgente romper com todas políticas que têm conduzido Gaia e o país a uma situação ruinosa.
Sem outro assunto,
Vila Nova de Gaia, 25 de Agosto de 2013
CDU/GAIA
Na soalheira e quente tarde de sábado, muitas centenas de activistas e amigos da CDU desfilaram pelas ruas de Gaia, numa Marcha pelo Emprego e Desenvolvimento do concelho, que contou com Jorge Sarabando e Paula Baptista, candidatos da CDU à Câmara e Assembleia Municipal, e Jerónimo de Sousa, Secretário-Geral do PCP.
Esta Marcha foi um momento de denúncia da alarmante realidade de um concelho com mais de 34.000 desempregados e com muitos milhares de trabalhadores inseguros da manutenção dos seus postos de trabalho; com um comércio tradicional em morte lenta e agonizante, com micro, pequenos e médios empresários que viram os seus pequenos negócios encerrar, ou que se debatem diariamente com enormes dificuldades de sobrevivência.
ver intervenção de Jorge Sarabando, candidato da CDU à Câmara Municipal de Gaia
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Matosinhos precisa de uma política diferente e de uma força
em quem se possa confiar, uma força que cumpra os seus
compromissos. Quanto mais força a CDU tiver maior será a
alteração qualitativa no funcionamento da Câmara.
! O nosso compromisso não é com os grandes interesses, os
interesses da grande especulação, dos grandes negócios ou
interesses pessoais ou de grupo – é com as populações! É este o
compromisso que nos caracteriza, que nos dá força e nos faz
merecer a confiança dos matosinhenses.
"Matosinhos precisa de uma política diferente e de uma força em quem se possa confiar, uma força que cumpra os seus compromissos.
Quanto mais força a CDU tiver maior será aalteração qualitativa no funcionamento da Câmara!
O nosso compromisso não é com os grandes interesses, osinteresses da grande especulação, dos grandes negócios ou interesses pessoais ou de grupo – é com as populações!
É este o compromisso que nos caracteriza, que nos dá força e nos faz merecer a confiança dos matosinhenses."
ver intervenção de José Pedro Rodrigues, candidato da CDU à Câmara Municipal de Matosinhos
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O problema da falta de mobilidade é um dos mais graves de Vila Nova de Gaia.
A incipiência dos transportes públicos existentes, quer pela sua ausência, quer
por horários desligados da realidade da vida e do trabalho da população, quer
pelas condições físicas dos veículos, quer pelas condições degradadas da rede
viária, quer pelo seu preço, representa uma forte condicionante à qualidade de
vida da população gaiense.
Este facto tem consequências fortemente negativas para as populações, quer
no emprego, quer no lazer, quer na actividade económica.
Os últimos anos foram marcados por um conjunto de investimentos localizados
essencialmente no centro da zona urbana do concelho, com a instalação da
rede do Metro.
Metro que resulta, aliás, de investimento do poder central e não da Câmara, e
que ainda assim ficou bastante aquém do prometido à população de Gaia em
tantos e tantos momentos, nomeadamente nos períodos eleitorais.
A nova fase da linha do Metro (ligação ao Hospital e a Vila d’Este) não passa
neste momento de uma miragem, perdida nas dificuldades financeiras e na
“crise”, argumentos inaceitáveis quando é conhecida a forma como são geridos
os dinheiros públicos, designadamente em jogos de especulação financeira,
como é o caso dos “SWAP”.
A realidade é portanto esta: grandes áreas do Concelho encontram-se
isoladas, sem transportes adequados ou com percursos desligados das
necessidades, horários insuficientes, péssimo serviço a alto preço.
Os últimos anos ficam ainda marcados pelo brutal ataque ao serviço público de
transportes: foram os aumentos insanos dos preços, a retirada de passes
sociais, o fim de muitas carreiras da STCP, o desaparecimento de metade das
ofertas de comboio nos horários nocturnos, a diminuição e a supressão de
carreiras por parte de operadores privados, sem que a Câmara Municipal algo
dissesse.
Não avançamos. Recuámos, no quadro de dificuldade que vivemos, no quadro
de uma crescente desregulação dos horários laborais, da crescente polivalência
de funções e locais de trabalho. Esta é uma situação que impõe medidas
enérgicas, que rompam com o actual estado de coisas.
As empresas privadas de transportes que actuam em Vila Nova de Gaia estão
longe de prestar um serviço público de qualidade. É inaceitável que, ao mesmo
tempo que assim sucede, a STCP seja proibida de implementar linhas que
cubram necessidades objectivas da população.
Sendo assim, a CDU propõe:
• Que seja criada a figura do Provedor Municipal do Utente do serviço
público de Transportes.
• Criação de um Conselho Municipal de Transportes, constituído por
representantes dos operadores públicos e privados, Presidentes de Junta
de Freguesia, representantes dos Sindicatos e Movimentos de Utentes, e
outras associações do sector, retomando proposta já anteriormente
apresentada em Assembleia Municipal.
• Que se proceda a um estudo rigoroso com vista a conhecer as
principais carências, definir claramente as zonas isoladas / sem
transportes adequados, e formular propostas concretas de solução.
• Iniciar estudos visando a criação de uma Empresa Municipal de
Transportes e gestão de parqueamento, à semelhança do que existenoutros concelhos do País. A CDU sempre foi fortemente crítica em
relação às empresas municipais no concelho, mas importa referir que
esta proposta não visa a acomodação ou a colocação de boys, nem
desperdício de dinheiros públicos. Visa apenas colocar na esfera pública
aquilo que por definição deve aí estar: os serviços públicos. A empresa
deverá começar por assegurar transportes às zonas não servidas,
moralizando o transporte público, gerindo-o de forma inteligente e
integrada, rentabilizando os recursos existentes, e integrando os vários
tipos de transporte e os parqueamentos.
• Estudar os procedimentos legais necessários para rever contratos que
se têm mostrado ruinosos para o Concelho (caso do estacionamento na
via pública associado à exploração do Teleférico, e outros contratos com
operadoras privadas que objectivamente não cumpram o serviço público
a que estão obrigadas), na intransigente defesa do interesse público.
• Criar e executar um plano de emergência visando a recuperação da
rede viária degradada, estabelecendo prioridades depois de um
levantamento exaustivo da situação.
• Prosseguir a luta pela extensão do sistema multimodal “Andante” a
toda a rede, tendo em vista tornar este sistema menos oneroso para os
cidadãos.
• Continuar a exigir a eliminação do pórtico de portagem na A29, em
Gulpilhares, conforme deliberação da Assembleia Municipal sob proposta
da CDU.
Vila Nova de Gaia, 11 de Agosto de 2013
O problema da falta de mobilidade é um dos mais graves de Vila Nova de Gaia.
A incipiência dos transportes públicos existentes, quer pela sua ausência, quer por horários desligados da realidade da vida e do trabalho da população, quer pelas condições físicas dos veículos, quer pelas condições degradadas da rede viária, quer pelo seu preço, representa uma forte condicionante à qualidade de vida da população gaiense.
Este facto tem consequências fortemente negativas para as populações, quer no emprego, quer no lazer, quer na actividade económica.
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Conforme é do conhecimento público, a Câmara do Porto impôs recentemente um conjunto de alterações ao nível da circulação e estacionamento automóvel sem qualquer consulta prévia a moradores e comerciantes ou discussão nos órgãos autárquicos.
Esta decisão da coligação PSD/CDS assume particular gravidade na medida em que, para além da falta de alternativas de estacionamento e das dificuldades de acessibilidades inerentes à zona em questão, com elevada inclinação das ruas e bastantes escadas, as famílias, crianças e os idosos vêm assim agravadas as suas dificuldades de acesso às habitações.
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Face ao aumento do desemprego em Matosinhos revelado pelos dados de Junho, a CDU veio apresentar publicamente «uma estratégia de desenvolvimento económico em Matosinhos e um pacote de medidas para enfrentar a crise económica no concelho», segundo José Pedro Rodrigues, candidato à Câmara Municipal de Matosinhos.
Acompanhado pelos economistas Valdemar Madureira e Manuel Faria de Almeida, José Pedro Rodrigues começou por referir «que Matosinhos possui, no contexto do noroeste peninsular, um conjunto de vantagens únicas no plano económico, albergando o Porto de Leixões, o Aeroporto do Porto, um dos maiores portos de pesca do país e vias rodoviárias e ferroviárias estruturantes, a que se juntará brevemente o terminal de cruzeiros e a plataforma logística intermodal».
«Não obstante a existência destas infra-estruturas, a incapacidade dos sucessivos executivos camarários em definir uma estratégia de afirmação económica do concelho levou a que a crise se acelerasse em Matosinhos a níveis superiores aos verificados no País», acusou José Pedro Rodrigues, lembrando que «ainda antes da chamada crise internacional, mais concretamente entre 2000 e 2006, o número de empresas do sector das indústrias transformadoras neste concelho teve uma redução de 15,7%, uma quebra bem superior à verificada no distrito e no país (6,7% e 6,4%, respectivamente), quebra ainda mais acentuada entre 2006 e 2010, período em o processo de desmantelamento do sector foi especialmente forte, já que a redução do número de empresas neste período atingiu 35,7%, (comparando com os 23,8% do distrito e 24,4% do país)».
A CDU apontou uma tendência semelhante no sector do comércio em Matosinhos, lembrando que entre 2000 e 2006 o número das empresas neste concelho sofreu uma significativa redução, 6,4%, (maior do que no distrito e no país, 1,2% e 5,5%, respectivamente). Entre 2004 e 2006 a diminuição do número de empresas de comércio foi de 14,6% e a partir de 2006 e até 2010, a quebra foi mais significativa, tendo o declínio do sector em Matosinhos sido mais acentuado do que no restante distrito e país. Assim, enquanto a redução do número de empresas do sector atingiu os 16,7% no Porto e 16,1% no país, em Matosinhos a quebra foi de 20,3%.
Valdemar Madureira sublinhou a evolução negativa da economia do concelho de Matosinhos e o seu impacto no aumento do desemprego e na pobreza. «Considerando os últimos dados do IEFP, referentes ao passado mês de Junho, constatamos que o número de inscritos no centro de emprego aumentou 10,6% relativamente a igual mês do ano passado, enquanto que no distrito do Porto o aumento foi de 7,7% e no país de 6,8%. No caso dos inscritos com menos de 25 anos o aumento homólogo em Matosinhos foi de 6%, no distrito de 5,3% e no país de 4%», revelou o economista, acrescentado que «se compararmos a situação actual com Junho de 2010, o primeiro ano do mandato municipal em curso, em Matosinhos, temos que o número de inscritos no centro de emprego aumentou 38,2%, (no distrito aumentou 23,8% e no país 25%) e que, no mesmo período, o número de jovens com menos de 25 anos inscritos no centro de emprego de Matosinhos aumentou 43,2%; mais uma vez, aumento muito superior ao verificado no distrito do Porto e no país».
«Nem PS, PSD E CDS podem fugir às suas responsabilidade nesta tragédia», acusou José Pedro Rodrigues.
A CDU responsabilizou de forma inquívoca PS, PSD e CDS pela presente situação que se vive no concelho, considerando que «é o resultado mais acabado das políticas desenvolvidas há 37 anos no País por sucessivos governos destes partidos, que não podem agora vir prometer em Matosinhos o contrário do que andaram a dizer e a fazer todos estes anos». José Pedro Rodrigues denunciou concretamente a «demagogia do candidato do PSD em Matosinhos que fala do "drama do desemprego" como se o PSD não tivesse responsabilidade nenhuma no "drama do desemprego" que o concelho vive. «Além das evidentes responsabilidades que tem na situação a que o País chegou, o PSD esteve três anos e meio na Câmara Municipal de Matosinhos partilhando responsabilidades com o PS e meio ano ao lado do independente Guilherme Pinto e, neste período, o desemprego no concelho aumentou como nunca», acusou o candidato da CDU.
O candidato à Câmara Municipal da CDU tornou aidna pública uma estratégia de desenvolvimento para o município que «abarca diferentes vertentes da vida económica e social de Matosinhos e valoriza todas as infra-estruturas e potencialidades do concelho, bem como o seu sector tradicional, tendo em vista o combate ao desemprego, a defesa do emprego de qualidade e com direitos, e a melhoria das condições de vida e de trabalho da população».
No topo das preocupações da CDU está a conclusão da revisão do Plano Director Municipal; a criação de um Conselho Municipal para as Actividades Económicas; a instituição do princípio de consulta obrigatória dos representantes do comércio local em todos os processos de licenciamento de unidades comerciais de dimensão relevante e de qualquer natureza a instalar no Concelho; a implementação de processos simplificados de licenciamento a estabelecimentos dos sectores da pequena indústria, do comércio tradicional, da restauração e dos serviços; e a criação de novas zonas industriais de iniciativa municipal, Leça do Balio/Custóias e Perafita/Lavra, devidamente infra-estruturadas e com acessibilidades, destinadas à instalação de novas empresas e unidades produtivas.
No âmbito da promoção da cultura, da valorização do património e do turismo, a CDU propôs o desenvolvimento de uma política de turismo cultural que articule os espaços existentes com a construção do Museu da Arquitectura – incidindo particularmente sobre arquitectos com obra em Matosinhos, casos de Fernando Távora, Álvaro Siza Vieira, Eduardo Souto Moura e Alcino Soutinho –, e do Museu do Mar, a par da requalificação urbana de todas as zonas históricas de comércio tradicional com apoio municipal, designadamente através da isenção de taxas e licenças e da organização e promoção de candidaturas ao QREN.
O candidato da CDU defendeu ainda que «devem ser implementadas medidas que visem revitalizar os centros urbanos das freguesias do concelho, promovendo a limpeza, iluminação adequada e medidas de embelezamento desses centros, em particular revitalizando a baixa de Matosinhos, designadamente a Rua Brito Capelo e toda a zona envolvente».
«É preciso devolver a vida à baixa de Matosinhos. Temos praia, temos cultura, temos artes centenárias, restauração e uma comunidade única que vale a pena conhecer e visitar. Se a Câmara Municipal tem vergonha de mostrar Matosinhos aos turistas, será por ter deixado degradar o seu centro ao limite do inaceitável. Nós queremos devolver-lhe o brilho de outros tempos. Não só para os turistas mas sobretudo para quem cá vive», concluiu José Pedro Rodrigues.
Matosinhos, 3 de Agosto de 2013
Face ao aumento do desemprego em Matosinhos revelado pelos dados de Junho, a CDU veio apresentar publicamente «uma estratégia de desenvolvimento económico em Matosinhos e um pacote de medidas para enfrentar a crise económica no concelho», segundo José Pedro Rodrigues, candidato à Câmara Municipal de Matosinhos.
Acompanhado pelos economistas Valdemar Madureira e Manuel Faria de Almeida, José Pedro Rodrigues começou por referir «que Matosinhos possui, no contexto do noroeste peninsular, um conjunto de vantagens únicas no plano económico, albergando o Porto de Leixões, o Aeroporto do Porto, um dos maiores portos de pesca do país e vias rodoviárias e ferroviárias estruturantes, a que se juntará brevemente o terminal de cruzeiros e a plataforma logística intermodal».
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A propósito de eventuais declarações do Secretário-geral da associação luso galaica de municípios Eixo Atlântico, hoje divulgado pelo jornal Público, sobre as paragens do comboio Celta que faz o percurso Porto-Vigo, na linha do Minho, com várias paragens técnicas, designadamente em Viana do Castelo, onde fica quatro minutos, de portas fechadas, e sem que os passageiros possam entrar ou sair, afirmando que “esta situação só vai ser alterada após as eleições autárquicas”, a DORP do PCP reafirma:
1. É inadmissível que esta situação não só exista desde o início de Julho como ainda se continue a arrastar até finais de Setembro, quando não existem quaisquer razões técnicas que o justifiquem. As referidas declarações afirmando que “há pressões políticas para não dar trunfos a alguns autarcas, em detrimento de outros candidatos” confirma que esta questão é apenas política, o que se torna insustentável.
2. Assim, mais uma vez se insiste na urgente resolução do problema, transformando as paragens técnicas em paragens comerciais, para não sacrificar as populações aos jogos de interesses político-partidários, impondo-se, igualmente, uma clarificação por parte do Governo e da CP desta situação deplorável, que continua a causar grandes atrasos e constantes alterações de horários nos outros comboios, e está a afectar a vida de quem precisa de recorrer a este meio de transporte público.
07.08.2013
O Gabinete de Imprensa da DORP do PCP
A propósito de eventuais declarações do Secretário-geral da associação luso galaica de municípios Eixo Atlântico, hoje divulgado pelo jornal Público, sobre as paragens do comboio Celta que faz o percurso Porto-Vigo, na linha do Minho, com várias paragens técnicas, designadamente em Viana do Castelo, onde fica quatro minutos, de portas fechadas, e sem que os passageiros possam entrar ou sair, afirmando que “esta situação só vai ser alterada após as eleições autárquicas”, a DORP do PCP reafirma:
1. É inadmissível que esta situação não só exista desde o início de Julho como ainda se continue a arrastar até finais de Setembro, quando não existem quaisquer razões técnicas que o justifiquem. As referidas declarações afirmando que “há pressões políticas para não dar trunfos a alguns autarcas, em detrimento de outros candidatos” confirma que esta questão é apenas política, o que se torna insustentável.
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