A reabertura do serviço de passageiros na linha de Leixões é uma reivindicação antiga das populações à qual o PCP se tem associado com intervenção política e proposta na Assembleia da República e nas Assembleias Municipais.
Desde sempre consideramos o serviço de passageiros nesta linha estruturante para a resolução dos problemas de mobilidade na Área Metropolitana do Porto, desde logo porque asseguraria resposta a freguesias densamente habitadas nos concelhos de Matosinhos, Maia, Valongo, Gondomar e Porto.
Após anos de preparação e meses de adiamento, assinala-se hoje a primeira semana de funcionamento da rede metropolitana de transporte rodoviário (UNIR).
Se ninguém duvidava que o serviço teria alguns problemas na fase inicial, a realidade supera muito as piores expectativas: carreiras suprimidas, percursos alterados, horários modificados ou suprimidos, ausência de informação, tempos de espera que chegam às 2 horas, utentes forçados a recorrer ao serviço de táxi ou ao transporte pessoal, motoristas com jornadas de trabalho de 12 horas e sem formação adequada ao serviço.
O PCP apresentou Projecto de Resolução para o alargamento dos pontos de venda do Andante na Área Metropolitana do Porto Com a integração de todas as linhas no sistema Andante, é indispensável tornar o título em causa efetivamente acessível a toda a população, através do alargamento de lojas e pontos de venda Andante a todos os concelhos da AMP e a massificação de máquinas de venda.
A nova rede metropolitana de transporte rodoviário está anunciada para o dia 1 de Dezembro, após meses de sucessivos adiamentos.
A poucas horas da entrada em funcionamento, apesar de muita propaganda e diversas entrevistas de responsáveis políticos metropolitanos, continuam por disponibilizar aos utentes a maioria dos horários (em 12 dos 16 concelhos) e os poucos que já são públicos não estão suficientemente divulgados.
Acresce ainda um outro problema que decorre de atrasos na efectivação do sistema de controlo do serviço prestado pelos operadores, deixando os municípios e a Área Metropolitana do Porto sem reais condições de fiscalizar se os horários e carreiras estão efectivamente a ser cumpridos.
Estamos perante um processo que tem um problema de raiz, decorrente da opção errada de reduzir a STCP ao concelho do Porto e entregar a privados a operação nos restantes concelhos. A forma técnica e politicamente incapaz e incompetente como as Câmaras e a Área Metropolitana do Porto estão a conduzir o processo agrava tudo e acrescenta instabilidade à vida das pessoas.
A DORP do PCP reclama medidas urgentes para divulgação da informação em falta e exige que, perante a confusão a que a AMP nos conduziu, durante o mês de Dezembro coexistam o serviço actual e o novo serviço, permitindo um período de adaptação dos utentes à nova rede.