A população jovem continua a ser flagelada por esta chaga social de forma ainda mais violenta. Comparando com a situação do mês anterior, Agosto, temos que em Setembro se verificou um aumento de 5,2%.
Mas se a comparação for com o mês homólogo do ano passado, o aumento foi de 32,7% destacando-se aqui os acréscimos brutais verificados em Matosinhos, mais 60,4%, Marco de Canaveses, mais 52,3%, Paços de Ferreira, mais 40,6%, Vila do Conde, mais 38,5%, Penafiel, mais 37,5%, Vila Nova de Gaia, mais 36,5% e Paredes, mais 36,4%.
A REALIDADE QUE O DISTRITO VIVE NÃO SURGIU POR ACASO.
TEM CAUSAS E TEM RESPONSABILIDADES.
O tecido produtivo vem, desde há muito, a viver um verdadeiro processo de devastação, seja no sector primário, agricultura e pesca, seja no sector das indústrias transformadoras.
As potencialidades que o distrito indiscutivelmente tem foram votadas ao desprezo, mesmo abandonadas, e continuam a sê-lo.
A descriminação negativa do distrito do Porto por parte dos últimos governos, em termos de investimento público, foi mais do que evidente, conforme a DORP do PCP por várias vezes denunciou.
Infra-estruturas indispensáveis para o desenvolvimento da região não foram concretizadas não obstante os compromissos assumidos, assistindo-se mesmo ao desperdício de fundos comunitários.
A modernização e electrificação da linha ferroviária Porto-Vigo, importante para um mais completo aproveitamento do porto do Leixões e do aeroporto do Porto, assim como da linha do Douro, a expansão da rede do metro são alguns dos exemplos dessa política de prometer e não fazer.
Em contrapartida, são introduzidas portagens nas ex-SCUT que vieram penalizar severamente os utilizadores e contribuíram para acelerar a crise que o tecido económico da região vive e de que o elevado grau de insolvências de empresas são um bom retrato.
Apesar desta realidade de degradação económica e social, com o desemprego e a pobreza a alastrarem, o governo ataca os salários, as reformas e as pensões, provocando a continuada queda da procura interna e, consequentemente mais dificuldades para a sobrevivência de muitas micro, pequenas e médias empresas, promove, ele mesmo, o desemprego de milhares de funcionários públicos e corta nas prestações sociais, por exemplo o subsídios de desemprego.
Obstinadamente, o governo PSD/CDS-PP continua o rumo do empobrecimento do país e dos portugueses.
A degradação económica e social do distrito do Porto, em que o desemprego e a pobreza são realidades preocupantes e chocantes, resultado de opções políticas contrárias à Constituição da República Portuguesa, reclama medidas urgentes de carácter económico e social.
A degradação acelerada a que se assiste neste distrito é a prova provada das consequências do memorando de entendimento, melhor será chamá-lo de pacto de agressão, assinado pelas troikas nacional, PS/PSD/CDS-PP, e estrangeira, FMI/BCE/UE.
Rejeitá-lo constitui um elemento indispensável para que o país e, também o distrito, possam encontrar o caminho do desenvolvimento económico e social.
18.10.2012
O Gabinete de Imprensa da DORP do PCP
Os últimos dados do Instituto do Emprego e Formação Profissional, IEFP, referentes ao mês de Setembro vêm confirmar o descalabro social do distrito do Porto.
O desemprego não pára de aumentar apresentando no final deste mês um valor superior à média do país em cerca de 4,6%.
Se levarmos em consideração o mês homólogo do ano passado vemos que o aumento do desemprego no distrito foi de 21%.
Alguns concelhos do distrito do Porto destacam-se por sofrerem aumentos em termos homólogos ainda mais significativos, como acontece com Matosinhos, mais 33,2%, Paços de Ferreira, 30,3%, Penafiel, 29,2%, Paredes 29,1%, Maia, 26,5%, Lousada, 26,3% e Gondomar, 24,9%.
1.Terminou hoje à tarde o “Mandato aberto sobre questões sociais” que a DORP do PCP realizou com a participação da Deputada do PCP Lurdes Ribeiro, a qual foi acompanhada por Ilda Figueiredo e outros membros da direcção regional do Porto do PCP, tendo-se visitado diversas instituições em 13 e 15 de Outubro, designadamente: ADESCO e CLAP em Amarante, Benéfica e QPI, no Porto e Centro Social e Paroquial de Vilar de Andorinho, em Vila Nova de Gaia.
2.Com as visitas e reuniões procurou-se avaliar a difícil situação social na região, o grau de cumprimento dos compromissos públicos do governo de apoio às IPSS e o impacto dos cortes nas prestações e nos apoios sociais. Confirmou-se o agravamento diário da situação social, decorrente do aumento do desemprego, dos baixos salários e reformas e do trabalho precário, da diminuição das prestações e apoios sociais e do aumento da burocracia para comprovar os caso de necessidade de apoio, o crescimento das listas de espera e da pobreza e exclusão social, com particular acuidade nas crianças, famílias desempregadas e idosos.
3.Igualmente detectaram-se casos graves de abandono de programas de alfabetização e de inserção social por falta de respostas do Ministério da Educação e da Segurança Social, pondo em causa a educação e formação de crianças, jovens e adultos e impedindo a sua integração social. Comprovou-se a existência de crescentes casos de cortes de água, luz, medicação, dificuldade de acesso a apoios existentes por falta de transporte ou lotação dos respectivos serviços, além de muitas carências alimentares.
4.Em geral, surgiram alertas para a gravidade da situação social e para a urgência de medidas que assegurem o recenseamento urgente das situações de pobreza extrema e a intervenção com vista à sua superação e inclusão social das famílias; o levantamento das famílias que vivem sem água e sem luz, criando medidas de apoio à superação deste problema; o levantamento do número de pedidos de prestações e apoios sociais que, no distrito do Porto, foram indeferidos e análise das suas razões (rendimento social de inserção, subsídio de desemprego, abono de família, acção social escolar, entre outras), além da necessidade de reposição e/apoio das propostas de programas de alfabetização, formação e inserção social que diversas IPSS têm apresentado.
5.Através do Grupo Parlamentar do PCP, a deputada comunista Lurdes Ribeiro irá levar à Assembleia da República estas situações e questionará o Governo, visando respostas urgentes às situações dramáticas que alastram na região.
Porto, 15 de Outubro de 2012
O Gabinete de Imprensa da DORP do PCP
1.Terminou hoje à tarde o “Mandato aberto sobre questões sociais” que a DORP do PCP realizou com a participação da Deputada do PCP Lurdes Ribeiro, a qual foi acompanhada por Ilda Figueiredo e outros membros da direcção regional do Porto do PCP, tendo-se visitado diversas instituições em 13 e 15 de Outubro, designadamente: ADESCO e CLAP em Amarante, Benéfica e QPI, no Porto e Centro Social e Paroquial de Vilar de Andorinho, em Vila Nova de Gaia.
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No âmbito da preparação do XIX Congresso, realizou-se na Junta de Freguesia da Senhora da Hora um debate sobre o PCP e a luta pela ruptura e a mudança, com Jaime Toga da Comissão Política do PCP.
Na sessão foi evidenciada a necessidade e a possibilidade de construção de uma alternativa a este rumo de afundamento do país resultado de 36 anos de política de direita e agravado pela submissão ao pacto de agressão das troicas.
Uma alternativa assente numa política patriótica e de esquerda, que coloca a defesa dos interesses do país e do povo à frente dos interesses dos grupos económicos, do grande capital e das grandes potências. Uma política que assuma o cumprimento da Constituição da República, projectando os valores de Abril no futuro de Portugal e que está ao alcance dos trabalhadores e do povo português, com a sua posição, a sua luta e o seu voto.
No âmbito da preparação do XIX Congresso, realizou-se na Junta de Freguesia da Senhora da Hora um debate sobre o PCP e a luta pela ruptura e a mudança, com Jaime Toga da Comissão Política do PCP.
Na sessão foi evidenciada a necessidade e a possibilidade de construção de uma alternativa a este rumo de afundamento do país resultado de 36 anos de política de direita e agravado pela submissão ao pacto de agressão das troicas.
Uma alternativa assente numa política patriótica e de esquerda, que coloca a defesa dos interesses do país e do povo à frente dos interesses dos grupos económicos, do grande capital e das grandes potências. Uma política que assuma o cumprimento da Constituição da República, projectando os valores de Abril no futuro de Portugal e que está ao alcance dos trabalhadores e do povo português, com a sua posição, a sua luta e o seu voto.