
Depois do repasto comum, a palavra que exprima a razão dele. O verbo que logre por momentos catalizar num mesmo ritmo este pulsar colectivo que é o nosso, amassado de sonho e desengano, de pequenas vitórias mas também de clamorosas derrotas, este pulsar movido pela certeza, que nada foi capaz de abalar, de que a humanidade não tem futuro se não abraçar, mais tarde ou mais cedo, as grandes causas, que nos vêm já da Revolução Francesa, da liberdade, da igualdade, da fraternidade, e que nós formulamos numa expressão muito mais concreta, muito mais avançada, quando colocámos como objectivo da nossa luta o fim da exploração do homem pelo homem.
De Abril se espera que fale, da esperança anunciada desse fim, da noite de breu de que foi madrugada radiosa, daquilo em que o tornaram ou deixámos que o tornassem.