O trabalho temporário, a prazo ou à tarefa é feito na prática em Portugal para utilizar trabalhadores em tarefas de continuidade a que corresponderia um posto de trabalho permanente, mas permitindo às empresas contratantes manter indefinidamente trabalhadores sem direitos, em permanente instabilidade social e mal pagos.
Toda a gente sabe isso. Os governos sabem disso, sabem que vai contra a lei (ainda que má) que eles mesmo fizeram mas fazem que nada vêem ou nada sabem, até porque a própria administração pública tem recorrido a este processo ignominioso.
O Grupo Jerónimo Martins comprou as lojas Plus – Discount – Supermercados, Lda e apesar das garantias dos postos de trabalho feitas aos trabalhadores pretende despedi-los. O GJM vai manter as 77 lojas que tem no país que envolve cerca de 1000 trabalhadores 6 destas no distrito do Porto envolvendo cerca de 100 trabalhadores.
No inicio de Maio o GJM iniciou reuniões individuais com os trabalhadores, aos quais comunicou o pagamento de 1.25 Euros por ano de trabalho e 3 meses de salários, ameaçando com despedimento colectivo quem não aceitasse, enviando–os para casa 5 dias para reflectir.