Bom dia, camaradas e amigos,
Em primeiro lugar, uma calorosa saudação a todos os candidatos e activistas da CDU que marcam hoje presença neste grande encontro. Uma palavra fraterna e reconhecida para todos e cada um que, dia após dia, de forma incansável, ajudam a erguer a voz do projecto da CDU nas ruas, nos bairros, nas fábricas, nas escolas, que enfrentam as dificuldades com coragem cívica e convicção política, demonstrando que a nossa força reside na união e na determinação colectiva.
Camaradas, amigos,
Estamos a cerca de três meses de um momento decisivo para o nosso Distrito – as Eleições Autárquicas de 2025. A CDU chega a esta etapa com a serenidade de quem acumula um património sólido de trabalho, com provas dadas e resultados concretos que falam por si. Um legado de honestidade intocável e competência reconhecida não apenas por todo o país, mas também aqui, no distrito do Porto, junto das populações destas freguesias e destes Concelhos.
Exemplo disso a forma como, em cada canto deste Distrito, transformámos os mandatos conquistados nas últimas eleições autárquicas em acção. Não foram meros cargos, mas sim exemplos de informação, de crítica, de intervenção persistente e de reivindicação justas.
Somos, sem margem para dúvidas, a grande força de esquerda no Poder Local. Esta não é uma afirmação vazia, mas uma realidade palpável. Uma realidade que observamos porta a porta, freguesia a freguesia mostrando que a CDU está lado a lado com as populações. É precisamente nesta presença física, nesta escuta activa, que assenta a nossa credibilidade.
A região do Porto enfrenta problemas complexos. Problemas que não só persistem, como se agravam sob políticas de desresponsabilização e cortes. Perante o silêncio cúmplice de uns e a conivência activa de outros, a CDU apresenta linhas programáticas que não fogem ao combate que a situação actual impõe.
1. Exigimos acesso digno à habitação, garantido por políticas públicas. Porque sabemos que cada família despejada, cada jovem impossibilitado de sair da casa dos pais reside um fracasso civilizacional.
2. Exigimos que em pano de fundo esteja sempre subjacente o respeito pelos trabalhadores, designadamente dos trabalhadores das autarquias: empregos estáveis, salários justos e valorização profissional. Porque recusamos uma economia que serve o lucro de meia dúzia enquanto condena milhares à precariedade
3. Exigimos serviços públicos de qualidade na saúde, educação e acção social. Porque não aceitamos populações sem médico de família ou que crianças aprendam em escolas degradadas.
4. Exigimos transportes públicos eficientes e verdadeiramente acessíveis – não apenas nos centros urbanos, mas também nas periferias esquecidas. A Mobilidade não é privilégio, é direito.
5. Exigimos um equilíbrio sensato entre o desenvolvimento económico necessário e a protecção das nossas serras, dos nossos rios como o Uíma, o Febros, o Tinto, o Leça ou o Sousa, das nossas ribeiras e espaços verdes.
6. Exigimos acesso universal a actividades culturais e desportivas que fomentem o bem-estar integral das famílias.
Camaradas, amigos,
Estes compromissos materializam-se em três pilares fundamentais:
1) Compromisso com a verdade
Rejeitamos promessas irrealistas que enganam os eleitores. Cada proposta nossa é exequível, mensurável e, sobretudo, construída com as populações.
2) Delimitação rigorosa de responsabilidades
Não pactuamos com a confusão que alguns promovem entre competências:
- Às autarquias compete uma gestão transparente dos recursos, um urbanismo que priorize o bem comum sobre a especulação, a manutenção digna de espaços públicos e a exigência legítima junto do Estado Central.
- Ao Estado Central exigimos o cumprimento das suas responsabilidades nomeadamente no financiamento adequado para habitação, saúde, educação e transportes – como previsto na Constituição. Não aceitamos que transfiram encargos sem meios, que asfixiam e dificultam a vida das pessoas.
3) Gestão participada
O nosso método é simples: envolver freguesias, associações e movimentos sociais desde o primeiro dia. Rejeitamos por exemplo os "orçamentos participativos" encenados que são meras consultas decorativas. Queremos decisões partilhadas.
Camaradas, amigos,
A três meses das eleições autárquicas, estamos em condições de afirmar com orgulho: concorreremos a todas as Câmaras Municipais e Assembleias Municipais do Distrito do Porto. Mas este não é momento de relaxar. É tempo de intensificar trabalho, reforçar as nossas listas com mulheres e homens de provas dadas, alargar o espaço de convergência com democratas independentes, garantindo presença no máximo de freguesias possíveis – não por mero cálculo eleitoral, mas porque sabemos que é na CDU que se encontram soluções reais para os problemas concretos da vida das pessoas.
Camaradas, amigos,
Estas eleições para lá da disputa política são uma grande oportunidade para:
- Afirmarmos a CDU como espaço de convergência capaz de resolver problemas locais com seriedade;
- Desmascararmos falsas polarizações que desviam o foco das necessidades reais.
- Lançar as sementes de uma região mais justa, solidária e ambientalmente sustentável.
- Reforçar o nosso número de mandatos.
Contamos com todos –, cada candidato, cada activista – para levar este projecto a cada rua, a cada lar, a cada consciência. Com o nosso trabalho porta a porta com a nossa clareza nas ideias, honraremos a confiança que as populações depositam na CDU.
Viva a CDU!