Medidas e respostas necessárias, propostas do PCP
A crise no distrito do Porto não é filha de pais incógnitos
O distrito do Porto vive uma crise política, económica e social cada vez mais profunda, com origens e causas anteriores à actual crise internacional, que apenas veio aumentar a sua intensidade. Tem antes responsáveis completamente identificáveis que sempre procuraram ocultar ou desvalorizar as duras evidências da sua política.


Representantes dos trabalhadores no Parlamento Europeu
Nos tempos mais recentes, várias têm sido as entidades, públicas e privadas, e pessoas singulares a manifestarem “doutas” opiniões sobre a gestão do Aeroporto do Porto, assumindo mesmo até, de forma mais ou menos velada, o seu interesse em que lhe seja atribuída tal “missão”. Tudo, é claro, exclusivamente em nome da “defesa do Norte” e “expansão da influência do Aeroporto”. Perante interesses tão "desinteressados”, que na prática configuram crimes esconómicos de enormes proporções para o distrito e o País, algumas observações, cremos, deverão ser feitas.
1. O tema da Regionalização tem surgido nos discursos do PS e PSD ao longo dos ultimos 10 anos em momentos bastante peculiares. Sempre que é preciso afastar alguns fantasmas, interna e externamente, o tema vem para cima da mesa. Desta vez também serve para desviar as atenções da crise. É um discurso demagágico e tacticista inaceitável e absolutamente desprovido de seriedade à luz do comportamento destes dois partidos ao longo dos anos. Agora é a vez do PS.
São 42 os trabalhadores da Movelpartes - Componentes p/ Indústria de Mobiliário SA que foram notificados no dia 16 de Janeiro de um processo de despedimento colectivo, alegadamente devido à falta de trabalho na secção onde laboram, e que levará à deslocalização da produção para Alcanede.
Na reunião de hoje da Câmara, a Vereadora da CDU, Ilda Figueiredo, apresentou a Proposta que se anexa, solicitando o seu agendamento com vista a que numa das próximas reuniões se discuta em profundidade a questão da Escarpa da Serra do Pilar, no respeito pelas decisões, promessas e compromissos assumidos em devido tempo.
O PCP, a propósito da realização de dois julgamentos de quatro dirigentes sindicais do distrito de Braga, de três membros da Comissão de Utentes de Serviços Públicos no Porto e, ainda, a presença perante o Ministério Público de uma jovem estudante do Porto do ensino secundário, condena as políticas e práticas anti-democráticas do Governo PS.
A confirmarem-se as notícias sobre o despedimento colectivo na Controlinveste e a perspectiva de novos despedimentos no final do primeiro semestre de 2009, a DORP do PCP considera que está aberta a porta para a aplicação mais selvagem da legislação não menos selvagem do Código do Trabalho, da Lei da Concentração Empresarial nos Órgãos de Comunicação Social e do Estatuto do Jornalista, dois documentos da responsabilidade do Partido Socialista que reenquadram negativamente a vida deste sector.


