intervenção de Ilda Figueiredo,
deputada do PCP no PE
A intensa crise do capitalismo que estamos a viver e para a qual também contribuíram as orientações, políticas e medidas económico-sociais tomadas no plano da União Europeia, e agravadas pelos governos portugueses, estão a ter graves consequências no plano social.
Como sempre acontece nestas crises, quem mais sofre são os trabalhadores e as populações mais carenciadas. Mesmo os números oficiais já não podem esconder a gravidade da situação. Por exemplo, os últimos dados do Eurostat confirmam as dramáticas consequências sociais da crise a nível da União Europeia. A taxa de desemprego subiu na União Europeia a 27 para 9,3% e na zona euro estava em 9,8%. Isto significa que temos, hoje, mais de 22,5 milhões de desempregados na União Europeia, quando, há um ano, o mesmo Eurostat apontava 17,5 milhões de desempregados. No espaço de um ano o desemprego aumentou 28,5% a nível comunitário, tendo arrastado para o desemprego mais cinco milhões de trabalhadores.