Sobre a JCP, a organização revolucionária da juventude

intervenção de Andreia Pereira, responsável da JCP no distrito do Porto
andreiapereiraCamaradas,
A JCP, a organização revolucionária da juventude, saúda a 9ª Assembleia da Organização Regional do Porto do PCP, sabendo que este é um momento muito importante para toda a organização, para o seu reforço e que daqui sairão as linhas de trabalho para o futuro.
Camaradas,
As dificuldades diárias que a juventude portuguesa atravessa actualmente, onde a juventude do distrito do Porto não é uma excepção, não podem ser dissociadas das políticas de direita que vem sendo aplicadas no nosso país há décadas pelos governos do PS e do PSD, com ou sem o apoio do CDS-PP. No Ensino Secundário é crescente eletização, com a privatização de vários serviços escolares, como acontece na Secundária António Nobre, no Porto ou na Secundária de Ermesinde. Estamos ainda perante a um dos mais graves ataques à democracia dentro das escolas, com a intimidação por parte da direcção das escolas aos estudantes que se destacam na luta pelos seus direitos, como aconteceu na Secundária Aurélia de Sousa. Muitas escolas continuam degradadas devido à falta de investimento por parte do Estado, de que são exemplo, no distrito, a Escola Básia de Leça da Palmeira e também as Escolas Básica e Secundária do Cerco.
Contudo, os estudantes do ensino secundário não se resignam e lutam. Este ano lectivo já mais de 5500 estudantes, do distrito, participaram em manifestações e concentrações. Em todas estas lutas os comunistas tiveram um papel crucial na mobilização e consciencialização dos estudantes para luta.
O Ensino Superior tem sido um alvo preferencial de ataque dos últimos governos, e em especial deste e do anterior governo PS. Apesar das medidas demagógicas que apresentaram, a situação neste grau de ensino continua a agravar-se. Em todas as faculdades da UP existe a propina máxima de 972 €, são cada vez mais os estudantes que têm de recorrer a empréstimos bancários para continuarem os estudos devido às insuficiências da acção social escolar. Por causa da falta de investimento por parte do Estado muitas escolas estão degradadas como acontece na Faculdade de Belas Artes e outras estão sobrelotadas como acontece com a Faculdade de Arquitectura.
O Processo de Bolonha traz-nos, em muitas faculdades, como Psicologia e Letras, numerus clausus para o 2º ciclo e a possibilidade de propinas exorbitantes. O Regime Jurídico diminuiu a democracia dentro das instituições, com a redução da representatividade dos estudantes nos orgãos e permitiu a passagem da UP da Fundação de Direito Privado.
Por tudo isto está já marcado, um grande dia nacional de Luta dos Estudantes do Ensino Superior, centralizado em Lisboa,  para o próximo dia 24 de março – Dia do Estudante! Neste dia os estudantes sairão à rua com muita força e lutarão por um ensino superior público, gratuito, de qualidade e democrático para todos!
As políticas do Governo PS, seguindo as políticas de direita dos anteriores governos, têm prejudicado os trabalhadores, em especial os jovens.
São os jovens trabalhadores os mais afectados pela precariedade, cerca de 66% dos trabalhadores com vinculo precários são jovens, sendo que muitos destes ocupam um posto de trabalho permanente.
No distrito são já 43 mil os jovens desempregados. O desemprego continua a servir, para impor o medo junto dos trabalhadores, permitindo o aumento da repressão sobre estes e a implementação de novas e injustas leis laborais, que significam muitas vezes um retrocesso de mais de 100 anos.
No mundo do trabalho, estamos a viver um tempo de grandes e crescentes lutas com muitos e muitos milhares de trabalhadores em luta, inclusive os jovens. Assim é de extrema importancia a manifestação nacional de jovens trabalhadores, este ano a dia 26 de Março, que trará à rua milhares de jovens trabalhadores em defesa dos seus direitos.
Está marcado para 20 de Fevereiro, no Seixal, o Encontro Nacional de Jovens Trabalhadores da JCP, que irá analisar a situação que os jovens trabalhdores vivem actualmente e definir políticas alternativas que assegurem uma ruptura com o rumo que tem vindo a ser seguido pelos últimos governos e que procura liquidar os direitos das jovens gerações.
A JCP está agora, e mais uma vez, empenhada na construção do seu Congresso – que está marcado para os dias 22 e 23 de Maio, em Lisboa, com o lema: “Com a luta da Juventude: construir o Futuro!”. Devido à nossa característica juvenil, uma grande parte dos militantes que participarão no Congresso quer como delegados, quer na sua fase preparatória fazem-no pela primeira vez. Este elemento da realidade da JCP traz responsabilidades acrescidas à preparação do Congresso  fazendo dele um grande momento de discussão, de esclarecimento e mobilização para a luta, de afirmação do ideal comunista.
Simultaneamente, realizaremos a 27 de Fevereiro, o 10º Encontro Regional do Porto da JCP, com o lema “ Transformar é possível, com a luta da Juventude!”. Nele serão traçadas as linhas de acção para o reforço e a intervenção da JCP na região. Um momento onde todos os camaradas são chamados a participar, a debater e afirmar a JCP.
A ligação da JCP às massas juvenis é uma realidade. Uma JCP intimamente ligada aos jovens e às suas aspirações é condição determinante para o desenvolvimento da luta consequente. É nosso dever organizar os jovens comunistas que, na sua escola e no seu local de trabalho, intervêm, afirmam a JCP e desenvolvem a luta.
É de realçar o contributo da JCP para o reforço do Partido. Desde  Novembro até esta Assembleia fizemos 10 recrutamentos para o Partido e só hoje mais 2. Reforçando a JCP reforça-se, consequentemente, o nosso Partido, o Partido da Juventude!
Viva a 9º AORP!
Viva a JCP!
Viva o PCP!