Trabalho

Despedimento colectivo na GENCOAL: Deputado do PCP reúne com representantes das trabalhadoras

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20240325 gencoalO PCP reuniu hoje, dia 25 com membros da direcção do STIANOR (Sindicato Nacional dos trabalhadores da Industria de Alimentação e Bebidas), sindicato que representa as trabalhadoras da GENCOAL, com o objectivo de conhecer melhor os contornos do processo, a realidade do sector e manifestar a solidariedade do PCP com luta das trabalhadoras.

A GENCOAL, empresa do sector das conservas, propriedade do grupo italiano Generale Conserve anunciou a intenção de despedimento colectivo de 97 trabalhadores, no passado dia 14 de Março, alegando o aumento dos preços de fatores de produção como o azeite e o alumínio ou a concorrência de empresas de outros países.

Para o PCP o anúncio de despedimento e a sua justificação não são aceitáveis, quando é público que a empresa se prepara para investir na expansão e modernização da fábrica e o aumento dos factores de produção é comum a todo o sector.

Na GENCOAL, como na generalidade do sector das conservas, vigoram os salários muito baixos, com predominância do Salário Mínimo Nacional, condições de trabalho duras e tarefas de grande penosidade que provocam um grande número de doenças profissionais (tendinites, artroses, artrites, hérnias, etc…), razões que tiveram na base da greve levada a cabo pelas trabalhadoras da empresa no passado dia 30 de Novembro.

Não podemos deixar de assinalar que entre as 97 trabalhadoras abrangidas pela intenção de despedimento colectivo a grande maioria seja sindicalizada e entre elas se encontre a dirigente sindical na empresa, o que revela uma atitude atentatória da liberdade sindical e de perseguição às trabalhadoras que lutam por uma vida melhor.

O sector das conservas é um sector de grande importância para a economia e produção nacional e para a nossa soberania alimentar e a sua defesa e valorização passa pela valorização de quem nele trabalha, dos seus salários, horários e condições de trabalho.

O PCP irá continuar a intervir, quer através do seu eleito pelo distrito na Assembleia da República, apresentando uma pergunta ao governo relativa a este processo, quer com a intervenção do seu eleito na Assembleia de Freguesia de Vila do Conde.