Intervenção de Joaquim Barbosa, 1º candidato da CDU à Câmara Municipal de Gondomar

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Senhoras e senhores jornalistas,
Amigas e amigos,
Camaradas
A CDU parte para as eleições autárquicas que se aproximam com a mesma disposição de sempre: Trabalho, Honestidade, Competência.
Trabalho, para prestar atenção permanente aos problemas das populações e para os resolver, ou participar, na sua resolução.
Honestidade, para encarar os problemas com objetividade, sem demagogia, e para encarar a sua resolução de forma transparente, colocando acima de tudo o interesse das populações e desprezando quaisquer interesses particulares.
Competência, para conhecer a situação das autarquias na sua complexidade; para analisar as situações, eexecutar as medidas adequadas à resolução dos problemas das populações. Os eleitos da CDU têm provas dadas da sua filiação nesta disposição, seja pela sua disponibilidade paraservir as comunidades em que estão integrados, seja pela matriz metodológica da ideologia que perfilhamque lhes permite uma análise objetiva e global das situações.
O trabalho dos eleitos da junta CDU de S Pedro da Cova, para dar um exemplo local, é bem uma amostrada actuação da CDU, quer considerado ao longo dos anos, quer considerado nos últimos tempos, na oposição persistente, consequente e vitoriosa à deposição de resíduos perigosos; na a luta pelos transportes,ou na oposição à extinção de freguesias.
Quiseram os meus camaradas da Comissão Concelhia de Gondomar do PCP, apoiados pelos nossoscompanheiros da CDU que, desta vez, fosse eu a lembrar aos gondomarenses os princípios que norteiam oseleitos da CDU nas autarquias e a defender esses princípios na Câmara Municipal.
É uma tarefa que aceito com a disponibilidade que sempre manifestei para defender os interesses dapopulação de Gondomar. Coloco na prossecução dessa tarefa todas as minhas capacidades com a confiançaque sempre tive nos princípios que defendo, e com a certeza de que, sendo eu a aparecer como candidato,esta tarefa será uma tarefa coletiva que, coletivamente, irá ser cumprida; e com a certeza de que nestaindividualização não precisarei de olhar para o lado para saber que poderei contar com os meus camaradas.
É esse o significado que atribuo à palavra camarada: aquele ou aquela que sabemos estar ao nosso lado semter necessidade de o verificar.Os camaradas e amigos presentes nesta apresentação formal, e simbólica, da candidatura da CDU, estãoaqui para me mostrar que estamos juntos nesta campanha eleitoral até outubro e que, depois, meacompanharão no trabalho, não menos exigente, na Câmara Municipal.
Aos trabalhadores da Comunicação Social aqui presentes, e que são testemunhas deste compromisso,deixo um apelo: permitam que as nossas ideias e as nossas propostas cheguem aos gondomarenses.
Critiquem-nas, como deve ser próprio de uma imprensa independente, mas deixem que os gondomarenses asconheçam também. Só assim poderão escolher em consciência, porque sem o conhecimento das diversasopções, o direito ao voto não pode ser exercido livremente: não há liberdade sem conhecimento.Permitam-me ainda, neste ponto, uma referência especial para o mandatário desta candidatura, o Guilhermino Monteiro, a quem agradeço pessoalmente a sua disponibilidade. Nascemos em freguesias vizinhas, a Lomba e Pedorido, embora em concelhos diferentes, partilhamos a mesma visão do mundo e,entre outros, o gosto pela música e pela História; infelizmente para mim, não tenho a competência doGuilhermino em nenhuma dessas áreas. Residindo e trabalhando em Gondomar, o Dr. Guilhermino Monteiro está ainda ligado ao nosso concelho pela sua participação, como instrumentista, na Banda de Melres, pela regência da Banda de Gondomar, fundada pelo seu bisavô, e pelas muitas participações dos coros que dirige em iniciativas diversas. O seu contributo para a nossa candidatura será, por tudo isso, valioso.
O chamado mundo desenvolvido atravessa a mais longa crise do capitalismo e, como é da natureza docapitalismo, as consequências nefastas da crise acabam sempre por ser suportadas pelos mais explorados: os trabalhadores e, por arrasto, pelos pequenos empresários, que se veem privados do poder de compra dos trabalhadores ao mesmo tempo que sofrem a concorrência dos grandes grupos económicos e a dificuldade em obter os créditos financeiros necessários ao desenvolvimento da sua atividade. Para os grandes grupos financeiros as consequências nunca são nefastas, porque as eventuais perdas serão sempre cobertas pelo Estado, que o mesmo é dizer pelos impostos e pela redução dos salários e das pensões dos trabalhadores.
Em nome da honestidade que defendemos, não afirmamos que a crise teve origem entre portas e que entre portas pode ser resolvida; mas a verdade é que no nosso país a crise começou muito antes do início da crise financeira internacional, por via das políticas de Direita dos partidos que nos têm governado: PS e PSD aliados ou não ao CDS.
O que dizemos é que não foram tomadas as medidas adequadas para minorar os efeitos da crise capitalista: nem no nosso país, nem no nosso concelho. Como já disse noutra ocasião, em vez de limparem as valetas que evitariam as enxurradas, aqueles que receberam o voto do povo para gerir os destinos do paísou do concelho, tudo fizeram para que a enxurrada da crise levasse tudo à frente.
Os dados estatísticos oficiais mostram como, por ausência de políticas corretas de desenvolvimento que pudessem mitigar os efeitos da crise capitalista, se agravaram os problemas dos gondomarenses, mais do que a média distrital ou nacional.
Só entre 2006 e 2010 perderam-se 757 empresas de comércio por grosso e a retalho, o que corresponde a17,5% do total das empresas. No distrito a perda foi de 16,7%; no país foi de 16,1%.
No mesmo período perderam-se 594 empresas de indústrias transformadoras, 27,1%. No distrito oenceramento foi de 23,8%; no país foi de 24,4%. Entre Janeiro de 2010 e Janeiro de 2013 o número de inscritos no Centro de Emprego de Gondomar aumentou 43,4%, de 11 698 para 16 780. O aumento distrital foi de 28,4%; no país foi de 13,6%. O número de jovens com menos de 25 anos inscritos no Centro de Emprego aumentou ainda mais nomesmo período: de 1379 para 2111, 53,1%. O aumento no distrito foi de 26,8%; no país foi de 26,2%. O número de beneficiários do RSI (Rendimento Social de Inserção) vulgarmente conhecido como Rendimento Mínimo, aumentou 488% entre 2005 e 2011, de 2271 para 13 367. O aumento no distrito do Porto foi de 320% e no país, de 121%.
Nas últimas décadas, as políticas municipais não foram, de facto, capazes de resolver os problemas estruturantes do município, desde o planeamento urbano às políticas do ambiente, passando pela habitação, a mobilidade ou a educação. A maioria política que governa o município não soube a tempo criar condições para preservar as indústrias tradicionais como a da metalurgia ou a das madeiras, nem para desenvolver outras potencialidadesdo concelho, como o aproveitamento do Douro e das suas margens, há muito reclamado pela CDU.
O rio Douro, navegável pelo menos desde os Fenícios para transportar o ouro das minas da Serra das Banjas, ou do Portal, constitui, com as suas margens, um recurso natural impar. Associada a uma politica consequente de proteção e ordenamento das florestas, a criação de condições para a instalação de pequenas unidades hoteleiras e de lazer, apoiadas por um centro de formação profissional para esse setor, poderia criar muitos postos de trabalho.
Do nosso programa eleitoral, que oportunamente será apresentado, constarão propostas concretas eexequíveis para melhorar a vida dos gondomarenses, quer com ideias novas, quer com tentativas de correção dos erros cometidos.
Os eleitos da CDU na Assembleia Municipal têm tido um papel importante, quer na denúncia de políticas nocivas para o município, quer apresentando propostas para a resolução de problemas do concelho, muitas delas aprovadas: por exemplo, as relacionadas com a deposição de resíduos perigosos em S. Pedro da Cova,a reabilitação da antiga central de captação de água do Rio Sousa, o encerramento Serviço de Atendimentode Situação Urgentes (SASU), as portagens na A41, a Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) do Meiral, etc.. Mas apesar do extenso trabalho dos deputados municipais, a CDU fez falta na Câmara.
Fez falta para denunciar os erros de gestão e para participar na resolução dos problemas dosgondomarenses;
Fez falta para impedir que o presidente fosse enganado deixando ficar a linha do Metro longe do termoprevisto e prometido;
Fez falta para que houvesse uma oposição consequente, com a mesma posição nas freguesias, na Câmara e na Assembleia Municipal, nomeadamente na defesa dos serviços públicos, cuja privatização só tem trazido prejuízos para os gondomarenses.
A CDU é a Esquerda que faz falta na Câmara de Gondomar.
Com confiança, a CDU voltará a estar representada no executivo municipal.
Gondomar, 1 de Março de 2013.
Joaquim Barbosa
Senhoras e senhores jornalistas,
Amigas e amigos,
Camaradas

A CDU parte para as eleições autárquicas que se aproximam com a mesma disposição de sempre: Trabalho, Honestidade, Competência.
Trabalho, para prestar atenção permanente aos problemas das populações e para os resolver, ou participar, na sua resolução. 
Honestidade, para encarar os problemas com objetividade, sem demagogia, e para encarar a sua resolução de forma transparente, colocando acima de tudo o interesse das populações e desprezando quaisquer interesses particulares.  
Competência, para conhecer a situação das autarquias na sua complexidade; para analisar as situações, eexecutar as medidas adequadas à resolução dos problemas das populações.
Os eleitos da CDU têm provas dadas da sua filiação nesta disposição, seja pela sua disponibilidade para servir as comunidades em que estão integrados, seja pela matriz metodológica da ideologia que perfilhamque lhes permite uma análise objetiva e global das situações.
O trabalho dos eleitos da junta CDU de S Pedro da Cova, para dar um exemplo local, é bem uma amostra da actuação da CDU, quer considerado ao longo dos anos, quer considerado nos últimos tempos, na oposição persistente, consequente e vitoriosa à deposição de resíduos perigosos; na a luta pelos transportes, ou na oposição à extinção de freguesias.
Quiseram os meus camaradas da Comissão Concelhia de Gondomar do PCP, apoiados pelos nossos companheiros da CDU que, desta vez, fosse eu a lembrar aos gondomarenses os princípios que norteiam os eleitos da CDU nas autarquias e a defender esses princípios na Câmara Municipal.
É uma tarefa que aceito com a disponibilidade que sempre manifestei para defender os interesses da população de Gondomar. Coloco na prossecução dessa tarefa todas as minhas capacidades com a confiança que sempre tive nos princípios que defendo, e com a certeza de que, sendo eu a aparecer como candidato, esta tarefa será uma tarefa coletiva que, coletivamente, irá ser cumprida; e com a certeza de que nesta individualização não precisarei de olhar para o lado para saber que poderei contar com os meus camaradas.
É esse o significado que atribuo à palavra camarada: aquele ou aquela que sabemos estar ao nosso lado sem ter necessidade de o verificar. Os camaradas e amigos presentes nesta apresentação formal, e simbólica, da candidatura da CDU, estão aqui para me mostrar que estamos juntos nesta campanha eleitoral até outubro e que, depois, me acompanharão no trabalho, não menos exigente, na Câmara Municipal. Aos trabalhadores da Comunicação Social aqui presentes, e que são testemunhas deste compromisso, deixo um apelo: permitam que as nossas ideias e as nossas propostas cheguem aos gondomarenses. Critiquem-nas, como deve ser próprio de uma imprensa independente, mas deixem que os gondomarenses as conheçam também. Só assim poderão escolher em consciência, porque sem o conhecimento das diversas opções, o direito ao voto não pode ser exercido livremente: não há liberdade sem conhecimento.
Permitam-me ainda, neste ponto, uma referência especial para o mandatário desta candidatura, o Guilhermino Monteiro, a quem agradeço pessoalmente a sua disponibilidade. Nascemos em freguesias vizinhas, a Lomba e Pedorido, embora em concelhos diferentes, partilhamos a mesma visão do mundo e, entre outros, o gosto pela música e pela História; infelizmente para mim, não tenho a competência do Guilhermino em nenhuma dessas áreas. Residindo e trabalhando em Gondomar, o Dr. Guilhermino Monteiro está ainda ligado ao nosso concelho pela sua participação, como instrumentista, na Banda de Melres, pela regência da Banda de Gondomar, fundada pelo seu bisavô, e pelas muitas participações dos coros que dirige em iniciativas diversas. O seu contributo para a nossa candidatura será, por tudo isso, valioso. 
O chamado mundo desenvolvido atravessa a mais longa crise do capitalismo e, como é da natureza do capitalismo, as consequências nefastas da crise acabam sempre por ser suportadas pelos mais explorados: os trabalhadores e, por arrasto, pelos pequenos empresários, que se veem privados do poder de compra dos trabalhadores ao mesmo tempo que sofrem a concorrência dos grandes grupos económicos e a dificuldade em obter os créditos financeiros necessários ao desenvolvimento da sua atividade. Para os grandes grupos financeiros as consequências nunca são nefastas, porque as eventuais perdas serão sempre cobertas pelo Estado, que o mesmo é dizer pelos impostos e pela redução dos salários e das pensões dos trabalhadores.
Em nome da honestidade que defendemos, não afirmamos que a crise teve origem entre portas e que entre portas pode ser resolvida; mas a verdade é que no nosso país a crise começou muito antes do início da crise financeira internacional, por via das políticas de Direita dos partidos que nos têm governado: PS e PSD aliados ou não ao CDS.
O que dizemos é que não foram tomadas as medidas adequadas para minorar os efeitos da crise capitalista: nem no nosso país, nem no nosso concelho. Como já disse noutra ocasião, em vez de limparem as valetas que evitariam as enxurradas, aqueles que receberam o voto do povo para gerir os destinos do paísou do concelho, tudo fizeram para que a enxurrada da crise levasse tudo à frente.
Os dados estatísticos oficiais mostram como, por ausência de políticas corretas de desenvolvimento que pudessem mitigar os efeitos da crise capitalista, se agravaram os problemas dos gondomarenses, mais do que a média distrital ou nacional. Só entre 2006 e 2010 perderam-se 757 empresas de comércio por grosso e a retalho, o que corresponde a17,5% do total das empresas. No distrito a perda foi de 16,7%; no país foi de 16,1%. No mesmo período perderam-se 594 empresas de indústrias transformadoras, 27,1%. No distrito o enceramento foi de 23,8%; no país foi de 24,4%. Entre Janeiro de 2010 e Janeiro de 2013 o número de inscritos no Centro de Emprego de Gondomar aumentou 43,4%, de 11 698 para 16 780. O aumento distrital foi de 28,4%; no país foi de 13,6%. O número de jovens com menos de 25 anos inscritos no Centro de Emprego aumentou ainda mais nomesmo período: de 1379 para 2111, 53,1%. O aumento no distrito foi de 26,8%; no país foi de 26,2%. O número de beneficiários do RSI (Rendimento Social de Inserção) vulgarmente conhecido como Rendimento Mínimo, aumentou 488% entre 2005 e 2011, de 2271 para 13 367. O aumento no distrito do Porto foi de 320% e no país, de 121%.
Nas últimas décadas, as políticas municipais não foram, de facto, capazes de resolver os problemas estruturantes do município, desde o planeamento urbano às políticas do ambiente, passando pela habitação, a mobilidade ou a educação. A maioria política que governa o município não soube a tempo criar condições para preservar as indústrias tradicionais como a da metalurgia ou a das madeiras, nem para desenvolver outras potencialidades do concelho, como o aproveitamento do Douro e das suas margens, há muito reclamado pela CDU.
O rio Douro, navegável pelo menos desde os Fenícios para transportar o ouro das minas da Serra das Banjas, ou do Portal, constitui, com as suas margens, um recurso natural impar. Associada a uma politica consequente de proteção e ordenamento das florestas, a criação de condições para a instalação de pequenas unidades hoteleiras e de lazer, apoiadas por um centro de formação profissional para esse setor, poderia criar muitos postos de trabalho.
Do nosso programa eleitoral, que oportunamente será apresentado, constarão propostas concretas eexequíveis para melhorar a vida dos gondomarenses, quer com ideias novas, quer com tentativas de correção dos erros cometidos. Os eleitos da CDU na Assembleia Municipal têm tido um papel importante, quer na denúncia de políticas nocivas para o município, quer apresentando propostas para a resolução de problemas do concelho, muitas delas aprovadas: por exemplo, as relacionadas com a deposição de resíduos perigosos em S. Pedro da Cova, a reabilitação da antiga central de captação de água do Rio Sousa, o encerramento Serviço de Atendimento de Situação Urgentes (SASU), as portagens na A41, a Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) do Meiral, etc..
Mas apesar do extenso trabalho dos deputados municipais, a CDU fez falta na Câmara.
Fez falta para denunciar os erros de gestão e para participar na resolução dos problemas dos gondomarenses;
Fez falta para impedir que o presidente fosse enganado deixando ficar a linha do Metro longe do termo previsto e prometido;
Fez falta para que houvesse uma oposição consequente, com a mesma posição nas freguesias, na Câmara e na Assembleia Municipal, nomeadamente na defesa dos serviços públicos, cuja privatização só tem trazido prejuízos para os gondomarenses.

A CDU é a Esquerda que faz falta na Câmara de Gondomar.
Com confiança, a CDU voltará a estar representada no executivo municipal.

Gondomar, 1 de Março de 2013.
Joaquim Barbosa